Em dezembro de 2019, os principais veículos de mídia voltados para o segmento de beleza anunciaram que a grife Prada S.p.A não faria mais parte do portfólio de licenças do Grupo Puig, pois assinou um contrato de longo prazo com a L’Oréal para a criação, desenvolvimento e distribuição de seus produtos de beleza.
Na verdade, já se ventilava sobre essa decisão desde julho do mesmo ano, quando notícias sobre uma possível insatisfação com as vendas começaram a surgir. Na época, falou-se que a receita anual gerada pelos perfumes da Prada estaria em torno de 100 milhões de euros e que esse valor seria apenas metade da meta que a espanhola Puig havia anunciado à imprensa na época em que conquistou o licenciamento da Prada, em 2003.
Inclusive, Coty e L’Oréal pareciam as principais concorrentes na disputa pelo licenciamento da Prada S.p.A. Também vale lembrar que a L’Oréal já havia levado a melhor com outra marca trabalhada pela Puig, quando anunciou em 2018 que passaria a licenciar as fragrâncias da Maison Valentino a partir de 1º de janeiro de 2019.
Para Patrizio Bertelli, CEO da Prada S.p.A.: “A L’Oréal é a empresa líder global em beleza. Sua posição e experiência a tornam a parceira ideal para a Prada desenvolver todo o seu potencial em uma variedade de novos projetos, alavancando a identidade bem estabelecida das suas fragrâncias e atingindo ainda mais públicos em todo o mundo.”
Para Cyril Chapuy, presidente da L’Oréal Luxe: “Estamos muito satisfeitos por termos assinado este contrato de licença com a Prada. A empresa é um dos players mais respeitados na indústria global de luxo. Esta licença dará à L’Oréal Luxe o complemento ideal ao seu portfólio de marcas icônicas.”
Tendo obtido as aprovações regulatórias aplicáveis, o contrato de licença entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2021.
Considerações finais: o que muda para o consumidor final?
A mudança no licenciamento de fragrâncias pode não mudar muita coisa e, ao mesmo tempo, pode representar uma mudança imensa. Tudo vai depender dos termos do contrato assinado, que determinam qual o papel de cada envolvido durante a vigência. É por isso que a gente costuma ver usuários(as) comparando uma fragrância que era licenciada, no passado, pela empresa X e que passou a ser licenciada pela empresa Y nos últimos anos.
Se a L’Oréal vai ficar responsável pela criação, desenvolvimento e distribuição das fragrâncias, significa que terá responsabilidade geral pela direção estratégica e desenvolvimento do portfólio de fragrâncias, com o dever de alavancar seu alcance global. Para tal, precisará rever a estratégia de beleza, inovação, suprimentos e entrada nos mercados (importação/exportação).
Ainda, quando se fala em “criação”, subentende-se que a nova licenciada irá comandar os processos criativos e isso envolve novo foco comercial, com um olho na concorrência e outro nas tendências de mercado.
Para nós, usuários, pode ser o início de um novo marco para a Prada, mas também pode ser o fim de uma era de luxo e representatividade. Só nos resta esperar.
Fontes: loreal.com.br / loreal-finance.com / pradagroup.com – Imagem e textos editados: Perfumart
Já senti o prada Carbon e já estava com elo Loreal, não estava com a mn potência do carbo que senti no lançamento, n sei se já mudou a fabricacao ou se foi reformulado, só sei que não era mais o msm. Preciso pesquisar mais!