Boss in Motion (Boss in Motion Original, na caixa) foi lançado em 2002, criando um novo pilar de fragrâncias masculinas, que já possui mais de cinco variações. Faz parte da divisão Boss Orange, que representa uma linha mais casual de roupas dentro do portfólio da grife. Essa divisão acabou gerando, mais tarde, um novo pilar de fragrâncias, quando Boss Orange for Women foi lançado, em 2009. A versão masculina só chegou às lojas em 2011.
Boss in Motion significou muito para a marca, pois teve um sucesso significativo de vendas, até maior do que a última fragrância masculina lançada na época, que foi Hugo Dark Blue, em 1999. Sua fragrância oriental se enquadrava ao estilo da época e seu estilo jovial conquistou inúmeros fãs, inclusive, trazendo um novo olhar para a perfumaria masculina de Hugo Boss, estacionada desde Boss Bottled (1998).
A fragrância possui notas de laranja doce, flor de manjericão, bergamota e folhas de violetas, na saída. Em seguida, o corpo traz notas mais quentes de canela, noz-moscada, cardamomo e pimenta rosa. E para finalizar, a base possui notas de sândalo, vetiver, acorde lenhoso e almíscar. A perfumista foi Domitille Michalon, que não é um nome muito conhecido no meio, mas já se envolveu em criações para Lacoste, Grés e até Dior.
É classificado como oriental-fougère, mas na minha opinião se comporta, de verdade, como um perfume oriental-frutal. É suculento, revigorante e, ao mesmo tempo, é quente, como os orientais daquela época sabiam ser. Na minha pele, a fragrância não evolui muito, permanecendo com um cheiro bem agradável de laranja, que não é cítrico – ao contrário do que muitos pensam – porque é balanceado pela sensualidade das especiarias. Me faz lembrar o cheiro de bolo de laranja assando no forno.
Boss in Motion não projeta muito, mas possui boa duração, permanecendo entre seis a oito horas de forma consistente, porém intimista. Combina com ambientes profissionais, não direciona uma faixa etária específica, porém transmite jovialidade. É bom para encontros românticos ou ocasiões nas quais não é de bom tom usar perfumes muito impactantes.
Seu frasco é elogiado até hoje, mas não foi completamente inovador na época, pois Paco Rabanne já havia feito algo parecido em 1999, quando lançou Ultraviolet Eau de Parfum. De toda forma, Boss in Motion é, sem dúvidas, um divisor de águas na perfumaria masculina da grife e representou um pontapé inicial certeiro no início do milênio.
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Olá, tudo bem?
Cassiano, usei o Hugo Boss Orange durante anos no início dos anos 2000 e logo depois não o achei nem no free shop. Conversei com a menina que sempre me atende na Le Parfum e recebi a informação de que ele saiu de linha. Fiquei arrasado e voltei pro CK One e Be (nunca fico sem eles). Mas o Orange mexe comigo demais. Agora li que ele saiu de linha só no Brasil… não entendi mais nada.
Sabe onde posso comprar o perfume original (com selo adipec)?
Oi Jaime!
Você está se referindo a este perfume aqui, certo?
Nem mesmo no site oficial de Hugo Boss ele aparece, então não acho que foi uma retirada apenas do nosso mercado, mas global.
Se a importadora/distribuidora não trabalha mais, é normal que o item suma das lojas mais confiáveis. Mas ainda tem muitos à venda em market places, como Americanas, Drogarias, etc.
Neste caso, você dificilmente irá encontrar com o selinho. Não significa que não sejam originais, apenas não entraram no País da maneira correta e fica mais difícil comprovar a procedência.