Dirty, em Língua Portuguesa, significa sujo, literalmente. Mas também pode ser traduzido como corrupto e, dependendo da conotação, como safado. Chegou ao mercado em 2011, como parte da linha de fragrâncias chamada “Greatest Hits” (maiores sucessos), que trouxe algumas criações da antiga divisão de perfumes chamada B Never Too Busy To Be Beautiful (leia a história completa aqui).
Esta resenha fala da versão Body Spray, retratada na foto acima, contendo 200ml e em concentração Eau de Toilette (possui a mesma composição da EDP). Seu frasco é produzido com plástico reciclado e o borrifador é bastante generoso.
Este perfume corporal faz parte da linha mais completa da Lush, que foi criada, especialmente, para atender ao público masculino. Por essa razão, a fragrância dos produtos da linha Dirty reúne resfrescância e masculinidade, através de notas herbais e amadeiradas. A gama de produtos contempla barra de massagem, perfume sólido, sabonetes, creme modelador para cabelos, creme de barbear, gel de banho e até tabletes dentais.
Na composição dos perfumes líquidos foram combinados óleos essenciais de menta Spicata (hortelã), de sândalo, de néroli e de estragão; também absoluto de lavanda e absoluto de tomilho, além de compostos químicos como Geraniol e Farnesol (que realçam o aspecto floral), Eugenol (óleo de cravo) e Linalool (que confere aroma floral-doce).
Dirty é mentolado, balsâmico e cheio de nuances herbais. Possui uma característica gélida, parecida com a sensação deixada por alguns cremes dentais.
Na pele, brinca com olores já conhecidos por vários homens, como pomadas contra contusões, sprays antissépticos, cremes de barbear, etc. Talvez, por isso mesmo, seja tão atraente ao consumidor masculino. Ainda, não dá para esquecer daquelas gomas de mascar da infância, com gosto de hortelã e cheiro peculiar.
Mas Dirty é mais do que isso! O estragão possui uma nuance anisada, enquanto o tomilho confere um aspecto canforado. E ambos carregam muitas facetas herbais. O absoluto da lavanda é mais adocicado do que o óleo essencial e o sândalo aqui é cremoso, suave e responsável pelo lado amadeirado da fragrância.
Dirty é, na minha humilde opinião, um perfume único. Dentre as várias fragrâncias existentes no mercado com nuances de menta (congelada, spicata, piperita, etc.), é a única que me apresenta um real cheiro de hortelã, ao invés de me dar apenas aquela sensação de frescor mentolado.
Por fazer parte de uma linha masculina, acaba sendo comercializado para os homens. Mas conheço muitas mulheres que adoram este perfume. Não o considero extremamente versátil, pois não sinto a mesma satisfação ao usá-lo em dias mais frios. Mas é uma ótima opção para uso diurno e climas mais quentes, inclusive, para aqueles homens que saltam entre ambientes, como trabalho, academia e faculdade, por exemplo.
Embora se comporte de forma linear, possui projeção e duração monstruosas, como é de costume nas criações da Gorilla Perfume. Além disso, não contém nenhuma matéria-prima de origem animal ou que tenha sido testada em animais. Só por isso, já vale a pena conhecer, não é verdade?
Bela resenha! Fiquei curiosíssima para experimentar. Quem sabe na minha próxima ida a SP?
Obrigado Laura. Os perfumes da Lush (Gorilla Perfume) são formidáveis.