Depois do sucesso da versão original, que deu início, em 2012, a um dos pilares de maior sucesso da marca (e da indústria de perfumes nas últimas décadas), em 2013 a Lancôme trouxe ao mercado uma versão mais leve, chamada L’Eau de Parfum Légère, seguida por uma edição limitada chamada La Vie Est Belle Glitter. A primeira foi considerada uma versão diluída e mais leve da original, ainda que em concentração EDP, enquanto a última trazia um frasco para colecionadoras.
Em 2014, no período da primavera, chegava às prateleiras esta versão Eau de Toilette, que trouxe uma reinterpretação da fragrância de antes com um toque extra de magnólia, considerada uma das primeiras flores a desabrochar durante essa estação do ano.
Para dar vida à esta fragrância, agora considerada magnólia-gourmand, Anne Flipo e Dominique Ropion se uniram, mais uma vez, e criaram um flanker de extrema qualidade, respeitando a mesma estrutura anterior. La Vie Est Belle Eau de Toilette (na caixa, L’Eau de Toilette) traz como ingredientes-chaves (que permeiam por toda a evolução) a nota de íris e um acorde de amêndoas doces. Elas funcionam como notas transversais, se sobrepondo às demais notas, a saber: pera, amora e leite de coco (na saída); Essência de magnólia, concreto de íris e absolutos de jasmim Sambac e de flor de laranjeira (no corpo); essência de patchouli (fundo). Esta é a pirâmide olfativa divulgada pela marca, através de sua página internacional, a qual decidi usar como oficial.
Na pele, La Vie Est Belle Eau de Toilette traz uma diferença primordial, quando comparada à versão EDP: é muito mais floral e, consequentemente, traz menos teor adocicado. É incrível pensar na imensa falta que a nota de leite de coco deixa na comunicação, pois é esse ingrediente que confere uma sensação de loção hidratante, graças à sua união com o acorde de amêndoas. E a magnólia tirou um pouco do lado atalcado da íris, deixando tudo mais leve.
Também é importante dizer que, embora construído em menor concentração, não é um perfume fraco. Muito pelo contrário! Não chega a causar o mesmo impacto que a fragrância original e não deixa tanto rastro, mas dura de forma irrepreensível. Na pele, evolui de maneira um pouco mais contida e elegante, quando comparada à outra, que possui um estilo mais sensual e chamativo.
Seu frasco manteve o padrão visual, mas foi alongado. A fita no pescoço, que traz o acabamento feito para evocar as asas da liberdade, agora é prateada. No Brasil, sumiu das lojas, dando lugar à versão Florale (2016). Nas fotos disponíveis na internet, o líquido parece muito mais rosado do que é na realidade.
Resumindo: La Vie Est Belle Eau de Toilette entrou no espaço que precisava ser preenchido para atender às necessidades de quem gostou da versão Eau de Parfum, na época do lançamento, mas achou que tudo era exagerado, causando desconforto e dores de cabeça ao longo das horas.
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Olá Cassiano.. td bem? Belíssima resenha!!
Conhece o L’é’clat?? Gostaria q falasse dele. Maravilhoso também. Um abc. Beth
Oi Elizabeth! Obrigado.
Não conheço os flankers da linha, mas já solicitei à L’Oreal. Se me enviarem, vai virar resenha, com certeza!