Seu nome oficial é Prada Eau de Parfum, mas acabou se tornando mais conhecido como Prada Amber por causa da placa superior que traz em seu frasco, contendo os ingredientes-chave da composição e o termo AMBER, em destaque. Foi lançado em 2004 e gera muita confusão entre usuários e resenhistas, por causa de um outro perfume, muito mais antigo, chamado Prada by Prada, de 1990, em uma época na qual a empresa só lançava fragrâncias para venda exclusiva em suas butiques.
Prada Amber não possui mel ou ylang-ylang em sua composição. E também não possui notas de âmbar. O termo vem da família olfativa a que presta homenagem: os ambarados, cheios de nuances orientais e notas quentes, como benjoim.
E já que estou falando de notas, seguem as deste perfume: bergamota, laranja amarga, mandarina e absoluto de mimosa, no topo. Depois, no corpo da fragrância, absoluto de rosas e absoluto das folhas de patchouli da Indonésia. Por fim, na base, ládano da França, fava tonka, baunilha, sândalo da Índia e resina de benjoim do Sião.
Os ingredientes-chave gravados na placa superior não estão ali à toa. A empresa defende que cada um deles reflete uma dimensão da fragrância: a resina do ládano é preciosa, as folhas de patchouli são viciantes, o benjoim é profundo e o sândalo indiano é puro.
Na pele, Prada Amber é muito mais unissex do que exclusivamente feminino. Aliás, ouso dizer que seria uma excelente versão para o clássico Le Male ou, melhor ainda, uma faceta feminina para o delicioso Body Kouros.
Desde o momento em que toca a pele, é exótico e sensual. A laranja amarga corta toda e qualquer tentativa de se tornar um gourmand enjoativo. E esse mix de algo sedoso com amargo costuma assustar muitas mulheres. O patchouli é a estrela da composição e consegue transmitir nuances terrosas e achocolatadas, de uma vez só. Mas nada disso teria razão de existir sem o aspecto leitoso do sândalo, que acaba deixando a fragrância amendoada e suave. No final, jogue tudo isso sobre uma base de baunilha e você entenderá o poder de Prada Amber, que projeta muito bem, mas tende a causar uma certa fadiga ao olfato. A pessoa que usa pode até não sentir mais, porém ele está lá, projetando bastante. A fixação também é maravilhosa!
Em 2005, a empresa lançou uma versão ainda mais intensa e em 2006, a famosa versão masculina.
Da próxima vez que você pensar que todo perfume Prada é límpido, elegante e saponáceo, lembre-se desta resenha e pense em experimentar na sua pele. Você poderá se surpreender, assim como eu.
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E minha marca… Sou apaixonada por ele , por onde passo deixa marcas de mim. Sabemos que a essência se subjetiva ao toca da pele, assim ele realmente me identifica. Ainda não encontrei substituto. Gostaria até , embora tenha experimentado alguns masculinos como Montblanc, por exemplo.
Ai, meus sais!!!! Agora a vontade de conhecer esse Prada não me deixa mais em paz! Culpa de quem? Sim, sua mesmo, Sr. Cassiano! Quem manda fazer um trabalho tão bom e escrever resenhas “matadoras” como essa? Humpf!
Resenha matadora foi o ápice!
Me assustei inicialmente. É um perfume muito marcante. Mas como gosto de surpresas decidi observar. Era um cheiro “antigo”, tradicional. Inicialmente. Depois achei que pudesse ser um perfume masculino (mas não é). Unissex é uma boa definição. É um perfume interessantíssimo. Despertou em mim memórias adormecidas. Sério.
Tenho o masculino e adoro. Vou experimentar este também! Âmbar é sempre uma boa aposta!!😍👍👏
Infelizmente, ainda não experimentei nenhum perfume Prada… Mas como sou formiga, estou sonhando com o Candy!