O perfume Trip Itacaré foi lançado em 2014, sendo a primeira variação (flanker) da linha Trip, cuja fragrância original chegou ao nosso mercado em 2011. Agora, o homem explorador segue em busca de paisagens paradisíacas, cuja inspiração foi Itacaré, na Bahia.
Trip Itacaré possui uma fragrância aromática-fougère, criada por Rafael Marano, com notas de bergamota, lima, mandarina, laranja, cardamomo e manjericão, na saída. Em seguida, foram combinadas notas de sálvia, lavanda, gerânio e alecrim, no corpo. Por fim, uma base com madeiras de cedro e de sândalo, âmbar, patchouli, vetiver e o Segredo de Eudora.
Na pele, Trip Itacaré começa de forma suculenta, com bastante laranja, mas não chega a ser tão cítrica como eu esperava. O teor aromático é muito presente e os destaques ficam para as notas de manjericão, sálvia e alecrim, que trazem nuances verdes, refrescantes e até um pouco ardidas.
Conforme seca, se transforma em uma fragrância de aspecto mais datado, quando a assinatura fougère surge. E aqui está o maior problema deste perfume, na minha opinião. A ideia de liberdade e paisagens paradisíacas, explorada no conceito e também no frasco de Trip Itacaré, perde o rumo quando “envelhece” e desagrada o homem que adora fazer trilhas e desvendar pequenos paraísos.
Trip Itacaré começa muito bem, mas evolui para um perfume de cheiro genérico, que me lembra desodorante vendido em farmácias nos anos 80. E esse tipo de produto não tem mais espaço no mercado vigente, ainda mais tendo sido lançado em pleno ano de 2014.
O frasco repetiu o padrão visual da fragrância original, ganhando uma pintura com palmeiras sobre um fundo em degradê. Ficou bacana, mas não foi o suficiente para me conquistar.


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