A dica (valiosa) de hoje foi feita para atualizar as dicas do passado. Muito se falava, nos anos 80, sobre métodos ideais para aplicação de fragrâncias. As mulheres adotavam a famosa “nuvem” e borrifavam seus perfumes sobre seus cabelos e, rapidamente, alguns homens mais “moderninhos” passaram a fazer o mesmo. Também descobriu-se que o perfume ficava, por mais tempo, nas golas das camisas de colarinho masculinas, bem como nos cachecóis usados pelas mulheres em dias frios. E, mais uma vez, criou-se a a famosa história de “aplicar diretamente nas roupas”.
Porém, há de se lembrar que, nesta época, as fragrâncias eram mais naturais, ainda com suas formulações originais, com ingredientes que eram, inclusive, de origem animal. Ou seja, o produto era outro e a química era outra. Mas os tempos evoluíram, restrições mundiais foram sendo aplicadas, reformulações foram feitas ao longo dos anos e as coisas mudaram. E com essas mudanças, as dicas também precisam mudar, se adequando à atualidade. Ou seja, as camisas de hoje, não são mais feitas somente de algodão. Atualmente, temos fio tinto e materiais sintéticos sendo usados nas roupas, a fim de baratear o custo de produção. Da mesma maneira, temos mulheres e homens utilizando processos e produtos químicos para deixar suas madeixas mais bonitas.
Por volta do ano 2000 em diante, os profissionais de dermatologia, bem como de áreas estéticas, cabeleireiros, especialistas em fragrâncias e até mesmo alguns perfumistas de renome, passaram a falar mais abertamente sobre o assunto, deixando muita clara sua opinião contrária a estas práticas do passado. O perfume é um produto químico, inflamável, cada vez mais composto por ingredientes sintéticos e a sua concepção é para uso, apenas, sobre a pele.
Então, esteja atento (a) às dicas mais atuais, a saber:
- Não se deve aplicar perfume nos cabelos. O álcool pode manchar e/ou ressecar os fios, além de causar queimaduras no couro cabeludo (ainda mais em um País quente como o nosso!) ou danos a cabelos que são, constantemente, expostos à tinturas e/ou processos químicos;
- Evite aplicar perfume diretamente sobre suas roupas. Aplique nos braços, no pescoço e deixe que o tecido tenha contato com a pele naturalmente, retendo o cheiro. Se a sua camisa não é de puro algodão, você corre o risco de notar manchas no tecido (lembra dos desodorantes?), bem como em jaquetas de couro ou outros materiais, como em casacos emborrachados, de linha, poliéster ou lã. E ainda há a possibilidade de sentir um cheiro completamente diferente na evolução da fragrância;
- Lembre-se de usar seus atributos naturais: mulheres podem aplicar perfume entre os seios, pois é uma área que tende a exalar bastante a fragrância. Da mesma forma, homens com pelos podem abusar da aplicação nos braços e, sobretudo, no peito, que não está exposto, diretamente, aos raios solares;
- Nunca use perfume com álcool antes da exposição solar. Procure fragrâncias sem álcool!
- Não aplique perfume no rosto (nunca!). Você pode atingir seus olhos, manchar sua pele e ainda irritar mucosas. No rosto, apenas filtro solar ou maquiagem;
- Se você possui problema com a durabilidade dos perfumes, não culpe somente a fragrância. Procure saber se a sua pele é do tipo seca, reveja seus hábitos alimentares, a hidratação da mesma e, na pior das hipóteses, use hidratantes sem cheiro antes de aplicar o perfume. Isso ajudará a manter sua pele mais hidratada e o processo de evolução da fragrância poderá ser ampliado e melhorado.
Por fim, a dica mais valiosa de todas: muitas das vezes, em se tratando de perfumes, menos é mais. Lembre-se que você pode pensar que não está mais exalando, mas o que pode estar ocorrendo com você é cansaço olfativo.
*Texto: Perfumart / Imagens: reprodução Pexels (free)
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