La Fille de Berlin foi lançado em 2013 e na tradução literária significa “A filha de Berlim”. Porém, na tradução livre fica melhor, algo como “A garota de Berlim”. Serge Lutens define essa garota, dizendo: “ela é uma rosa com espinhos; não mexa com ela! ”.
Trata-se da terceira criação feita em homenagem à rosa e, diga-se de passagem, o resultado é belo. O perfumista responsável foi Christopher Sheldrake, que assina a maioria dos perfumes da casa, mas também já criou para Chanel, Rochas e Avon International.
A fragrância foi criada sobre acordes principais de rosas e pimentas (rosa e preta), mas também possui notas de âmbar, almíscar e violetas. Na pele, o resultado é muito fiel à pirâmide olfativa e também linear, do início ao fim. Qualquer pessoa consegue identificar que La Fille de Berlin é um perfume de rosas. Mas só quem já sentiu o cheiro das rosas vermelhas com pétalas de veludo sabe do que eu estou falando. E isso me fez lembrar de uma roseira que tinha no jardim da casa dos meus pais.
Como resultado, o perfume floral e ardido se funde com o aspecto metalizado das violetas. Durante cerca de três horas, é só isso que exala. Então, de forma muito sutil, uma base levemente cremosa aparece, mas requer esforço e atenção. O lado picante é o toque de masculinidade que foi dado para justificar o apelo ao público masculino, já que é comercializada como uma fragrância unissex. Particularmente, eu vejo como uma fragrância feminina, facilmente compartilhável.
Para os amantes dos perfumes que exploram as facetas das rosas em todos os seus tipos e cores, este aqui merece atenção. Além disso, mantém a qualidade dos demais perfumes da casa, principalmente, no que diz respeito à projeção e alta durabilidade.
Para encerrar, eu diria que Serge Lutens definiu bem a garota por trás da rosa. E vou além: ela é audaciosa, escolhe seus parceiros, desperta a inveja nas mulheres e intimida os homens.