Uma caminhada pelo Jardim de Verão, localizado no palácio de Peterhof, em São Petesburgo, é o ponto de partida para a criação de Verveine d’Été, uma fragrância que traz um novo olhar para o perfume Verveine, criado em 1978 por Yuri Gutsatz.
Para retratar o cheiro revigorante desse jardim, foram utilizadas notas de manjericão do Egito, verbena, limão e bergamota da Itália, vetiver do Haiti, eucalipto da China e musgo de carvalho.
Verveine d’Été é cítrico e límpido. Juntar o limão com a verbena é como esperar por um resultado quase adstringente. Particularmente eu gosto desse cheiro, mas muitas pessoas não conseguem suportar perfumes com a nota de verbena muito presente, por causa da forte ligação que fazem com o cheiro de alguns produtos de limpeza ou aqueles aromatizantes de carro.
Na pele, não há evolução milagrosa. O perfume abre com muito teor cítrico e caminha em direção à uma base mais musgosa, quase fougère. E quando aplicado, exala com muita força, diga-se de passagem.
Dentro da linha atual de Le Jardin Retrouvé, eu diria que Eau des Délices funciona como o irmão caçula da família dos cítricos, enquanto Verveine d’Été é o irmão do meio e Citron Boboli, o mais velho. E mesmo sendo um perfume cheio de ingredientes mais voláteis, possui boa durabilidade na pele. Na minha, por exemplo, sobreviveu por mais tempo do que Sandalwood Sacré.
Verveine d’Été é unissex e combina com aqueles dias mais quentes de verão, bem como noites de primavera. Se o jardim do palácio de Pedro, o Grande (como ficou conhecido Pedro I da Rússia) possui este cheiro, então vale a pena um passeio por lá. Levanta qualquer astral!
*imagem: reprodução / lejardinretrouve.com
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