No último dia 17 de junho, a Revlon anunciou a compra da empresa Elizabeth Arden por cerca de US$ 419 milhões. O acordo une duas gigantes dos cosméticos que estão envelhecendo, podendo revigorar ambas as marcas.
Da sua sede em Nova Iorque, a Revlon informou que a oferta foi de US$ 14 por ação da Elizabeth Arden e que isso, com a inclusão das dívidas, totalizou a negociação em cerca de US$ 870 milhões, ou seja, cerca de 3 bilhões de Reais. Isso representa um prêmio de quase 50% sobre o valor de fechamento das ações da Elizabeth Arden.
A Revlon, controlada pelo bilionário Ron Perelman, vê na operação uma oportunidade de fazer a Elizabeth Arden renascer. A empresa não vinha se mostrando rentável o suficiente e seus perfumes de celebridades perderam espaço entre os consumidores. Mas a verdade é que não se trata de um favor, como parece!
Esse acordo acontece menos de seis meses depois de Ron Perelman dizer que iria “buscar alternativas estratégicas para a Revlon”, ajudando a empresa a competir com rivais endinheirados como Estée Lauder e L’Oreal.
A fusão vai unir o negócio da Revlon, de 84 anos, com o da Elizabeth Arden, de 106 anos.
A Revlon é forte em tinturas de cabelo e esmaltes, que são distribuídos, principalmente, através de canais de varejo de massa e salões de beleza, em 130 países. Já a Elizabeth Arden tem uma forte presença no mercado de cosméticos de luxo, principalmente, na categoria de anti-envelhecimento e perfumaria. Suas fragrâncias são assinadas por celebridades como Britney Spears, Justin Bieber e Taylor Swift. Lembrando que Britney Spears liderou o ranking de vendas, durante muito tempo, com seu perfume Fantasy.
O CEO da Revlon, Fabian Garcia, afirmou: “esta aquisição é financeiramente e, também, estrategicamente atraente, pois haverá crescimento em ambos os canais de vendas e geografias”. Isso significa que a Revlon poderá crescer em regiões importantes, nas quais a Elizabeth Arden já é forte, como China e outros países asiáticos, por exemplo.
Lucrando com perfumes…
O CEO da Elizabeth Arden, Scott Beatti, disse: “a força financeira da empresa, que resultará dessa fusão, vai ajudar a conseguir novos licenciamentos de perfumes”. Ele também espera que a transação acabe gerando crescimento nas vendas dos perfumes já existentes e em produção. Vale lembrar que, nos últimos dois anos, a empresa registrou um prejuízo de quase US$ 400 milhões.
*Fonte: G1 / Texto: edição própria / Imagem: Perfumart
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