Lançado em 2021 com o nome de Jardim de Rosas, este perfume ganhou novo nome juntamente com o reposicionamento da marca acerca do seu pilar de perfumaria fina, processo que ocorreu em 2023. A empresa diz que não houve reformulação.
A fragrância de À Francesa é classificada como floral-aquática e carrega notas de frésia, rosa e acorde aquoso, enquanto o corpo exala notas de orquídea e lavanda sobre uma base de âmbar e patchouli.
Na pele, À Francesa abre de maneira levemente cítrica, então eu sinto mandarina e um toque de cidra (ou será gengibre?), que conferem um teor vibrante e que combina muito com as facetas picantes da frésia, logo no topo. Também não me espantaria se descobrisse maçã verde na fórmula. A rosa é delicada e, pelo menos na minha pele, pouco perceptível (continuo cheirando os citrinos).
Já na parte central, temos o cheiro da nota de orquídea, que é muito singular em fragrâncias e, portanto, fácil de reconhecê-la nesta composição. A marca também cita a lavanda, mas eu ainda sinto outras flores, como o jasmim e a magnólia. E, mesmo assim, me falta perceber o teor aquático da classificação.
Com o passar do tempo, a base ganha um pouco de peso e revela um âmbar sedoso, que abraça o combo patchouli + musk e todo seu teor amadeirado-floral. Nesse estágio evolutivo, À Francesa se parece muito mais uma fragrância floral-amadeirada do que floral-aquática, pelo menos para mim.
No aspecto de performance, tende a sumir da minha pele com mais rapidez do que na fita olfativa. Não sei o porquê de tanta urgência! 😜
Também confesso que gosto mais da saída, do que da forma como evolui e não acho que seja uma fragrância diferenciada. Tem qualidade, é fácil de agradar e não é tão floral como parece, o que favorece a compra pelo público masculino. É uma boa opção para presentear, por exemplo.
No final das contas, acho que a mudança de nome foi acertada. Ele faz referência à expressão usada para indicar que uma pessoa saiu discretamente, de fininho, sem se despedir de ninguém. É bem isso!
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