Ah, essas fragrâncias de Jacques Bogart! Como não suspirar ao pensar em tantas criações poderosas, estonteantes e tão masculinas? Tudo bem que tem gente que não gosta de nenhuma delas, muitas são realmente sintéticas, de certa maneira, mas como dizem por aí: “o que seria do amarelo, se todos gostassem do azul?”.
Em 2008, quando algumas empresas começaram a utilizar a nota da madeira de Agar, a casa lançou City Tower, também explorando a nota que viria a ser a próxima revolução na perfumaria mundial.
Bogart City Tower foi inspirado nas tendências mundiais: prédios azuis, o luxo de Dubai e os arranha-céus modernos e deslumbrantes ao redor do mundo. Possui a perfeita harmonia entre o conceito da cidade, de sua arquitetura e suas torres.
Em sua composição, notas de bergamota, pimenta rosa e incenso, na saída. O coração aquece o peito com noz-moscada, cardamomo e gerânio. Tudo isso descansa sobre uma base macia de almíscar e couro, além da riqueza do oud, que vem de braços dados ao ládano e sua consistência ambarina e oriental.
Na minha pele, se comporta como um verdadeiro oriental-especiarado (ou especiado), com nuances cremosas – como de amêndoas – ao redor de especiarias quentes. Durante vários momentos da evolução, é possível sentir um nuance de baunilha, embora ela não exista. Para dar uma ideia da fragrância, eu senti uma certa similaridade com Body Kouros e Laguna Homme, mixando as nuances de ládano e noz-moscada de ambos.
A surpresa ficou por conta da projeção, que eu achei mais contida, se comparada às demais criações da casa. Mas não se deixe enganar: exala muito bem e possui a fixação típica de um perfume Bogart.
O frasco deu início à uma das linhas visuais da marca, da qual fazem parte Riviera Nights e Arabian Nights.


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