Durante anos, eu ouvi e li diversos elogios a este perfume. Mas só agora, cerca de 8 anos após o seu lançamento (2007), resolvi realizar os devidos testes a fim de escrever e publicar uma resenha.
Esta fragrância foi criada por Olivier Polge e possui, em sua composição oficial, notas de lavanda e maçã, na saída; pimenta preta de Madagascar, no coração; ládano, na base. Entretanto, não é difícil encontrar outras páginas que citam a presença de âmbar, fava tonka e couro, também na base. Talvez, tais informações estejam ligadas à reformulação que ocorreu após 2010, cujo frasco traz as letras em prata, ao invés de vermelho (a original, que eu testei).
É considerado um perfume oriental-amadeirado, mas eu o considero oriental-frutado, pois a nota de maçã é bem forte na saída. A lavanda é mais neutra, mas dá para percebê-la, equilibrando o tom frutado inicial.
Durante alguns minutos, quando a parte central da fragrância surge e se desenvolve, a pimenta é muito boa, realmente. Porém, durante esse estágio, eu sinto a fragrância muito comum e um pouco sintética. E acho que grande parte dos elogios vem daí, já que está mais do que comprovado que a maioria das pessoas prefere perfumes comuns e básicos, ao invés de fragrâncias extremamente elaboradas e ricas em notas fortes, como as de procedência árabe, por exemplo. E isso não é ruim, é apenas uma questão de escolha.
Voltando ao assunto, eu gostei mais quando a evolução chegou na base, atingindo as nuances ambaradas do ládano, conferindo uma leve cremosidade ao resultado final.
Projetou e fixou muito bem na minha pele e se mostrou, de certa forma, um perfume versátil. Achei uma excelente escolha para ambientes profissionais. Valeu a pena conhecer.
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