Lançada como mais uma alternativa (flanker) para a tradicional fragrância Ô de Lancôme (1969), esta criação foi inspirada em uma tarde primaveril dentro dos jardins do Palácio de Versalhes. A flor de laranjeira é a rainha da composição, que reúne acordes cítricos, néroli e flor de laranjeira, no topo; jasmim, no corpo; cedro e benjoim, na base.
O nome possui duplo sentido, já que a leitura sugere a palavra Eau (água, em Francês), indicando que trata-se de um perfume fresco. E realmente é!
Ao ser aplicado na pele, a saída cítrica indica uma fragrância mais unissex. Cerca de 10 minutos depois, o jasmim aparece e confere um teor floral e mais feminino. Com o passar do tempo, o benjoim proporciona uma sensação levemente adocicada, mas muito sutil, nada que possa comprometer a beleza leve desta criação.
A projeção é fraca, ou melhor, discreta. Acho que o termo combina melhor com a elegância desta fragrância. Entretanto, a fixação é muito boa e a evolução é linear e consistente. Por cerca de 5 horas, o aroma se manteve constante na minha pele, sem perder força ou mudar o cheiro. Só então, começou a perder a potência, pouco a pouco. Esta é uma característica rara em um perfume deste tipo, com nuances suaves e cítricas.
Eu conheço inúmeras mulheres que adorariam usar este perfume na sua rotina diária, principalmente, no clima quente do Brasil. É elegante, feminino, versátil e possui qualidade. Porém, não posso dizer que ficarei chocado em descobrir que alguns homens também usam, de vez em quando. Afinal de contas, todo perfume muda conforme a química da pele e, de forma geral, não possui sexo. Descubra!
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