Rose Trocadéro conta a história do jardim do Palácio do Trocadéro. Ele foi construído às margens do rio Sena, diante da Torre Eiffel e foi o predecessor do Palácio de Chaillot.
A fragrância de Rose Trocadéro, que vem a ser uma releitura de Rose Thé (1989), simboliza uma mulher carregando um belo buquê de rosas, enquanto caminha em direção ao Sena, com passos firmes, sob o sol de uma tarde qualquer, em 1935.
Na composição atual, Rose Trocadéro possui notas de absoluto de rosa Búlgara, groselha preta, cravo-da-índia, almíscar e lavanda. Mas nada consegue superar o perfume de rosas que esta fragrância exala. Porém, para não dizer que os ingredientes foram usados em vão, posso dizer que há a presença, ainda que sutil, da groselha preta (com suas nuances frutadas) e do almíscar, muito luminoso.
E embora o conceito de nicho afaste a ideia de separação por gêneros (masculino e feminino), Rose Trocadéro é um perfume feito para mulheres, na minha humilde opinião. O cheiro das rosas vermelhas é retratado com primor e leveza, de forma delicada e alegre. Não se trata de um perfume de rosas exótico ou sensual, mas floral e diurno.
Rose Trocadéro se comporta de forma muito linear, pelo menos na minha pele. E como possui concentração Eau de Parfum, projeta muito bem por todo o tempo, além de fixar por mais de sete horas. É um daqueles casos em que o resultado vai ao encontro do conceito, de forma admirável, fazendo você imaginar a cena da mulher caminhando sob o sol, em direção ao rio Sena.
*imagem: reprodução / lejardinretrouve.com