Acqua di Giò Profumo entrou na lista de lançamentos de fevereiro de 2015, aqui no blog, e começou a ser vendido nas lojas brasileiras por volta de outubro do mesmo ano, quando escrevi um post falando do assunto.
Trata-se de um flanker do icônico Acqua di Giò, criado por Alberto Morillas quase duas décadas mais cedo, mais precisamente em 1996, e um ano após o lançamento da versão feminina, quando a grife estabeleceu mais um marco no mercado mundial de fragrâncias.
Embora a maioria das pessoas só tenha conhecimento da existência da versão Eau de Toilette, seguida pela versão Essenza, em 2012, outras variações já haviam sido lançadas em 2011 e 2014. Mas esta versão Profumo chegou ao mercado com um apelo diferencial, através de um acorde novo, chamado de acorde mineral. A concorrência tremeu!
Acqua di Giò Profumo trouxe, como conceito criativo, a colisão das ondas do mar com as rochas vulcânicas. E para conseguir esse resultado, foram utilizadas notas de bergamota, acorde marinho, sálvia, alecrim, gerânio, patchouli e frankincense, também conhecido como olíbano. O frasco manteve o padrão visual, mas ganhou pintura preta, retratando uma rocha carbonizada, como acontece com a lava vulcânica quando escorre e cai no oceano. Se posto contra a luz, se mostra translúcido e dá para ver o conteúdo em seu interior. A tampa é magnética e o resultado final é muito atraente.
Uma dúvida paira no ar: é Parfum ou Eau de Parfum? A caixa e o frasco trazem a inscrição Parfum; a campanha publicitária traz o slogan: “A nova intensidade”; várias lojas internacionais o vendem como Parfum Spray, mas aqui no Brasil é vendido como Eau de Parfum. Ruídos na comunicação fazem isso…e atrapalham!
Na pele, a fragrância é extremamente prazerosa e fácil de conquistar. Isso porque une boas matérias-primas, um cheiro aromático e refrescante que agrada a quase todos e uma base incensada que confere um ar de virilidade mais moderna, até então, normalmente retratada com notas musgosas ou amadeiradas.
As nuances de bergamota e alecrim perduram por bastante tempo sobre a pele. O acorde marinho transmite um aspecto mais salgado do que oceânico e o incenso, em contraste com o gerânio metalizado, traz a sensação mineral, como se fosse o cheiro de pedra quente quando é molhada em dias de chuvas de verão.
Acqua di Giò Profumo (cuja vogal tônica aberta é no O, não no I) é o tipo de perfume que parece simples, mas que preenche vários requisitos, como alta versatilidade, refrescância, elegância, boa duração, etc. Por esta razão, é um forte candidato para aqueles que buscam, incessantemente, por uma assinatura.
Acqua di Giò Profumo é assim: depois que você começa a usar em diversas ocasiões, fica fácil entender o motivo da concorrência ter se abalado tanto com seu lançamento. Vale conhecer!
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Excelente resenha!
Peço sua ajuda com uma dúvida. Eu gosto muito de perfumes clássicos, old school, e recentemente decidi adotar uma postura minimalista com meus perfumes. Adotei o Azzaro clássico como assinatura, e queria uma alternativa para um segundo perfume (isso mesmo, quero ter apenas dois na coleção). Estou pensando em adquirir o Acqua di Gio Profumo ou o Paco Rabanne pour homme. Qual sua opinião?
Abraço!
Se você já está com o Azzaro Pour Homme, acho que o AdG Profumo vai te trazer para um momento mais atual. Do contrário, você vai ficar com 2 clássicos mais “datados”.
Dados importantes, vitais -, uma aula!
Parabéns, Sr. Cassiano Silva
Obrigado Rubens! 🙂