Euphoria Eau de Parfum foi lançado em 2005 e deu vida a um pilar muito bem-sucedido de Calvin Klein. Como seu próprio nome diz, retrata o sentimento de euforia e veio realçar a feminilidade das mulheres no início dos anos 2000, através de uma proposta floral-oriental que começava a surgir com muita força no mercado de fragrâncias femininas.
O frasco foi criado por Fabien Baron, que já desenvolveu centenas de frascos para a indústria, e a fragrância reuniu um time de talentosos perfumistas, como Loc Dong, Dominique Ropion, Carlos Benaim e Ann Gottlieb. Premiada com o Fifi Awards em 2006, a fragrância de Euphoria Eau de Parfum traz notas de caqui e romã (no topo), seguidas por notas de magnólia champaca, lótus e orquídea (no corpo), sobre densas notas de mogno, âmbar, violeta, almíscar e chantilly (na base).
Escrever sobre Euphoria Eau de Parfum me traz um ar de nostalgia muito grande, pois me lembro que essa fragrância causou um grande impacto em mim e nas mulheres do meu convívio na época. Meu frasco está comigo há, pelo menos, uns nove anos e estava intacto até agora, quando recebi a nova versão Eau de Toilette (2023). Não sei por que ainda não havia publicado a avaliação, mas acredito que a intenção inconsciente era deixá-lo desse jeito, intocado.
Euphoria Eau de Parfum faz cair por terra toda a falácia sobre os perfumes da grife Calvin Klein e sua suposta baixa performance geral. Desde já, posso adiantar que esta fragrância dura mais de oito horas na minha pele e, pelo que me recordo, sempre foi assim.
Quando toca a pele, um acorde frutado, inusitado e muito rico explode em nuances picantes e adocicadas, já trazendo muito do teor floral, que é a espinha dorsal da criação. Foi com Euphoria Eau de Parfum que eu tive a primeira experiência vívida do que seria o cheiro das orquídeas em uma fragrância e, de certa forma, acabou se tornando meu parâmetro para tal nota.
Não posso deixar de exaltar a beleza da magnólia champaca, flor que me é tão próxima nos dias de hoje, uma vez que possuo uma árvore no meu quintal. E aqui me refiro ao seu perfume quente, com facetas levemente frutadas e indólicas, às vezes muito próximas às do ylang-ylang.
Então, esse buquê floral cresce junto com a evolução e se torna sensual ao extremo, sem quaisquer nuances muito doces, mas uma cremosidade ambarada e confortável, que permeia por horas sobre a pele. Um belo exemplo de acorde âmbar, sem dúvidas!
Euphoria Eau de Parfum era um dos principais perfumes das baladas, há duas décadas, mas até hoje possui uma fragrância moderna e capaz de conquistar homens e mulheres. Se fosse nos dias atuais, com tantas influenciadoras e um nível de exposição muito mais amplo, tenho certeza de que seria um fenômeno de vendas.
Marcou uma geração, fidelizou clientes, foi perfume de muitas noivas e até de alguns homens. Eu adoro!