Phaedon é nativo da antiga Grécia. Ainda jovem, foi tomado como prisioneiro durante a batalha entre Sparta e Elis. Enquanto servia a comida na casa de seus mestres, respondeu a um questionamento de Sócrate, que o comprou e o tornou seu discípulo. Caçador de aromas e colecionador de memórias, Phaedon construiu fragrâncias simples e belas, através de notas recolhidas em suas viagens, como a frésia da África do Sul, incenso amadeirado do Awaji, pimentas do Egito, essência de Málaga da Andalusia, etc.
Grisens é uma composição com um teor extremamente natural, que transmite a sensação de um perfume feito no mais antigo padrão da perfumaria, quando eram usados apenas ingredientes naturais e os perfumes ficavam “curtindo” dentro de tonéis/frascos, até se tornarem relíquias líquidas.
Não há muito mistério ou complexidade em sua criação, porque é um perfume muito linear. Ele é, do início ao fim, incenso. Suas notas são incenso, sândalo e madeiras. Mas o incenso domina!
É uma viagem a um ritual espiritual – seja qual for a sua religião – cercado de vários incensos por todos os lados. Mas é um incenso menos “esfumaçado” do que alguns que eu já senti. É, definitivamente, firmado no território das fragrâncias unissex e, acredito eu, não deve variar muito se usado por mulheres. Eu apenas evitaria o excesso, no caso delas.
Um perfume de projeção mediana/baixa, mas fixação longa. Feito para amantes de perfumes incensados.
*imagem: reprodução