Lançada em 2014, a fragrância de Instinto foi criada para revelar o lado animálico e sensual de seus usuários. De acordo com o perfumista da casa, é o perfume para quem gosta de chamar atenção quando chega em um lugar, sempre deixando um rastro por onde passa, marcando presença e despertando sensações diversas.
Sua composição oficial possui notas de saída de gálbano, hortelã, bergamota, flor de lótus e frésia. O corpo da fragrância carrega notas de abacaxi, flor de laranjeira, flor de cravo e vinho, enquanto a base é composta por notas de gengibre, âmbar, sândalo e patchouli.
A fragrância de Instinto poderia ser descrita de diversas maneiras. Mas eu prefiro ser mais simples e ir direto ao ponto: tem muita semelhança com a de Kouros (YSL). Principalmente, sobre a pele, pois quando comparadas em fitas olfativas, suas diferenças ficam mais perceptíveis. Neste ponto, fica mais fácil dizer que Kouros é um perfume mais seco, durante a secagem, enquanto Instinto tem uma nuance frutada e frisante, quase uma “sangria”, que foi feita com a mistura das notas de abacaxi e vinho.
E essa análise tem dois lados: o negativo e o positivo. O lado negativo é que eu não vejo vantagem em ter acesso à uma criação artesanal, que resulta em algo com cara de cópia, ou como é chamado no mercado, contratipo, ainda que não tenha sido a intenção. O lado positivo é que os fãs de fragrâncias no estilo de Kouros ou Lapidus (principalmente, a versão Black Extreme), além de alguns perfumes de Jacques Bogart, poderão encontrar uma opção mais em conta no mercado, feita com qualidade e em concentração Eau de Parfum.
Me resta apenas ratificar que Instinto é forte em todos os quesitos e não decepciona em projeção, tampouco em durabilidade.
*imagem: reprodução
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