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JASMIN D’EGYPTE, DE MAHOGANY

Perfumart - resenha do perfume Mahogany - Jasmin d'Egypte

O perfume Jasmin d’Egypte também entrou na leva de produtos da Mahogany que, no início de 2017, ganharam nova embalagem, dentro do novo padrão visual criado para a linha de fragrâncias que, inclusive, oferecem refis para os consumidores, dando seguimento à estratégia de consumo consciente promovida pela empresa. Para saber mais sobre esse assunto, basta clicar aqui.

De acordo com as minhas pesquisas, assim como acontece com Pétales de Roses Blanches, esta aqui também é vendida como Fragrância Desodorante Corporal, mas traz a inscrição Parfum de Toilette em sua caixa.

Jasmin d’Egypte é o tipo de fragrância que jamais sairá de moda. É um belo floral branco, carregado de referências dos anos 80 e início dos 90. Sou capaz de fechar os olhos e lembrar dos cabelos com permanente e das ombreiras marcadas sob as roupas.

Aparentemente, esta fragrância já sofreu reformulação. Por volta de 2013, a composição oficial era: Living Tuberosa, bergamota, cassis e notas verdes (na saída); Muguet, absoluto de jasmim do Egito, ylang-ylang, raiz de íris, osmanthus, violeta, rosa e Living Gardênia (no corpo); sândalo, cedro, âmbar, almíscar e musgo (no fundo). Atualmente, de acordo com a Mahogany, a fragrância possui um buquê de flores brancas, lírio do vale, jasmim Egípcio, violeta e íris (na saída). Em seguida, o corpo traz notas verdes e frutadas, que descansam sobre uma base com notas de almíscar, baunilha, pimenta preta e acorde de madeiras nobres.

O que podemos entender com essas mudanças? Primeiramente, houve uma alteração entre as camadas de cabeça e coração da fragrância, trazendo um impacto floral mais imediato. As nuances verdes desceram, a fim de dar equilíbrio. E a base ganhou facetas mais cremosas, com a chegada da baunilha e a saída do musgo (provavelmente, o maior motivo da reformulação, conforme imposições da IFRA).

Além disso, a percepção da fragrância se altera. Não é difícil encontrar usuárias dos primeiros lotes comparando Jasmin d’Egypte ao famoso Poison (Dior). Da mesma forma, há quem não veja qualquer semelhança, justamente, porque parecem existir duas versões diferentes espalhadas no mercado.

Jasmin d’Egypte é mais do que um belo perfume trabalhado sobre o jasmim. É um floral com uma linda faceta adocicada, diretamente relacionada ao cheiro do ylang-ylang, que não está mais descrito, mas deve estar naquele buquê floral, lá no topo da pirâmide olfativa. Não sinto as notas verdes tão presentes, mas dá para notar uma acidez discreta, juntamente com uma faceta frutada que me faz lembrar do cheiro de bananas.

A projeção não é agressiva, mas possui fixação muito boa. E por mais que não seja comum, de minha parte, traçar comparativos, sou obrigado a dizer que Jasmin d’Egypte parece uma combinação mais leve de Amarige (Givenchy) com uma versão brasileira de Poême (Lancôme). Pelo menos, é assim na minha pele.

As mulheres (ou homens) que se identificam com essas fragrâncias citadas acima, irão se deleitar com Jasmin d’Egypte, que pode ser usado sem parcimônia e ainda possui excelente relação custo-benefício, sem falar na opção de refil (vigente até o presente momento). Na minha opinião, é satisfação garantida!


 

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BORRIFANDO CONHECIMENTO HÁ ANOS. Crítico de fragrâncias, jurado de premiações nacionais nas categorias de perfumaria fina e cosméticos masculinos, além de consultor particular de estilo em fragrâncias e criador do Perfumart, maior blog especializado no assunto.

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