Desde 1996, quando o perfume original foi lançado, a linha Kaiak ainda lidera os rankings da perfumaria masculina nacional. Agora, 20 anos após a sua chegada ao mercado, a Natura está trazendo Kaiak Aero, que foi apresentado na festa de encerramento de 2017 para convidados, jornalistas e influenciadores da área e tem previsão de venda a partir do segundo ciclo de janeiro de 2018.
Kaiak Aero traz, em seu conceito, o encontro do vento forte com a água do mar. Dito isso, a interpretação é clara e pode ser imaginada de diversas formas: uma caminhada pela orla, uma visita a um mirante na ponta da praia ou um passeio radical de parapente sobre o mar. E tudo isso vem dentro de um frasco que respeita o padrão da linha, mas trouxe um lindo gradiente que começa nos acabamentos plásticos de cor branca e termina em um azul digno de praias paradisíacas.
A fragrância combina notas de bergamota, zimbro, cardamomo e ruibarbo, abrindo caminho para acorde tônico (Symarine), acorde verde de gerânio e folhas de violetas, sobre uma base de cedro, sândalo e molécula Ambrostar (Symrise). Mas há alguma nota escondida na saída que me remete a melão (ou melancia) e que, para variar, não foi divulgada. Aliás, vale esclarecer que na minha visita à Natura para conhecer Homem Sagaz, toquei nesse ponto com o time de Marketing, pois acho de suma importância que as principais notas sejam listadas para o conhecimento de todos.
Voltando ao que importa, Kaiak Aero tem várias faces. É frutado até um certo ponto, quando começa a ficar mais fresco e aromático. De repente, apresenta um lado marinho e termina mais amadeirado. Um ponto positivo é o fato de trazer algo do DNA da versão original, que muito me incomoda em flankers “desnaturados” quando não o fazem. Possui versatilidade e tem grande chance de se tornar o perfume assinatura de muitos homens, porque pode ser carregado na mochila e/ou bolsa e utilizado no trabalho, na academia, na faculdade e na esticada para o happy hour.
Kaiak Aero exala bem e possui fixação boa, permanecendo na minha pele por cerca de sete horas. E antes que me perguntem, me lembra um monte de outras fragrâncias de mesmo estilo, ou seja, não me parece uma criação com uma inspiração específica, até porque a Natura tem conhecimento e óleos essenciais suficientes para criações próprias. E ainda me trouxe um pouco de nostalgia, já que em alguns momentos me fez lembrar do perfume X-Centric, de Dunhill, que deixou saudades.
Os pontos negativos para mim foram: falta de maior presença do ruibarbo, que confere um cheiro amargo e metalizado, além do fato de achar que a empresa perdeu uma melhor oportunidade de inserção nas vendas de final de ano, dando maior destaque para o Natura Homem Sagaz. Inclusive, fiz essa crítica em vídeos na minha conta do Instagram (Stories).
Tirando isso, parece que a Natura reencontrou o caminho do frescor que o homem brasileiro gosta de sentir em perfumes. Grata surpresa!
Parabéns amigo pelo seu trabalho, e muito esclarecedor e significa muito para as pessoas outras opiniões sobre os perfumes, gosto muito de pesquisar antes sobre novas fragrâncias famílias olfativas, para adquirir um novo perfume encontrei aqui no seu blog muitas informações que precisava presava para adquirir novas fragrâncias…..
Muito obrigado. 🙂