O perfume Opium foi lançado em 1977 e dispensa apresentações. É um clássico da perfumaria mundial, vendido exaustivamente, e arrecadou milhões de dólares ao longo dos anos. Em 2009, ganhou nova roupagem oficial, se adaptando à identidade visual atual da marca. A versão masculina só chegou ao mercado em 1995.
Desde a sua criação, Opium já ganhou inúmeras variações que vão desde edições de verão às edições de colecionador. Em 2012, chegava ao mercado Opium Vapeurs de Parfum, cujo nome significa, em Língua Portuguesa, “vapores de perfume”. Mas não estranhe se você encontrar referências com o nome Opium Légère, pois ele é vendido como Eau de Toilette Légère.
O perfumista escolhido, embora poucos saibam, foi Dominique Ropion e a fragrância é classificada como oriental-floral. Opium Vapeurs de Parfum possui notas de mandarina e pimenta rosa, na saída, seguidas por jasmim e flor de laranjeira, no corpo, sobre uma base de incenso, âmbar, noz-moscada, baunilha e madeiras claras.
Esta versão chegou ao mercado trazendo muita responsabilidade sobre seus ombros, pois a promessa de uma fragrância mais luminosa do temido e atalcado Opium, de quatro décadas atrás, deixou milhares de fãs de olho em seu lançamento. E com tamanha expectativa, houve muita (muita mesmo) frustração. Além de não encontrarem o DNA da versão original neste perfume, há muita crítica sobre a escolha de seu nome e sobre a qualidade do produto em si. Mas a pergunta que eu faço é: até quando as pessoas vão continuar acreditando que todo flanker será uma versão inovadora e fiel de algo que foi sucesso um dia? Se é para entrar nesse assunto, então vamos falar de flankers?
De minha parte, me resta falar da fragrância e de como ela reagiu em minha pele. E posso afirmar que adorei como Opium Vapeurs de Parfum se comporta sobre a pele masculina. Basicamente, tudo gira em torno da flor de laranjeira (com aquela faceta efervescente que lembra produto de limpeza) e do incenso, que confere o único teor atalcado que esse perfume apresenta. E nesse ponto, eu consigo enxergar – de certa forma – uma lembrança do que foi o original Opium, há quarenta anos atrás. Não consigo dar muita importância à pimenta rosa, tampouco à baunilha.
Outro aspecto intrigante é o enorme número de críticas sobre a sua durabilidade, já que a fragrância durou mais de oito horas sobre a minha pele, com apenas duas borrifadas. Talvez o segredo seja este: Opium Vapeurs de Parfum fica melhor em homens…não sei. Só sei que o resultado final é floral e almiscarado, ainda que não tenha almíscar em sua composição, com cheiro de um sabonete muito bem feito, daqueles antigos e pesados (com cerca de 200g) e de procedência francesa. Gostei bastante!