Polo Red Rush despontou no mercado brasileiro no último mês, com um super evento de lançamento que contou, inclusive, com a presença do ator Ansel Elgort, que foi o rosto da campanha publicitária. Se trata do terceiro flanker da linha, dando continuidade à história iniciada com o lançamento da versão EDT, em 2013, seguida pela versão Intense, em 2015 e pela versão Extreme, em 2017. Mas vale lembrar que seu lançamento no mercado internacional ocorreu em 2018, embora estejamos em meados de 2019.
A fragrância respeita o DNA da linha, ao manter as notas de toranja, limão, açafrão, lavanda e café e o resultado traz a semelhança em diversos momentos. Porém, a necessidade de conferir um aspecto mais diurno e vibrante fez com que a composição ganhasse notas de menta, mandarina vermelha e abacaxi. Na página oficial da grife, na internet, a composição segue da seguinte forma: mandarina vermelha, limão, toranja e abacaxi, na saída; Açafrão vermelho, absoluto de flor de laranjeira, menta do tipo Spicata, acorde de maçã vermelha e lavanda, no corpo; Acorde de café vermelho, almíscar e cedro, na base.
Na pele, a fragrância de Polo Red Rush parece um pouco desorganizada, mas é aquela falta de organização com a qual muitas pessoas convivem, tranquilamente, e sempre acham o que precisam, se é que vocês me entendem. A saída é muito bacana e suculenta, ao ponto de ser frisante e energética. Ponto positivo para a mandarina vermelha, que só fez somar com a saída frutada já conhecida nas demais fragrâncias da linha.
Em poucos minutos, a menta também se faz notar com bastante evidência, reforçando o frescor e o aspecto diurno que, na minha opinião, foi um dos principais objetivos (se não o principal) desta criação. Entretanto, é nesse mesmo momento que sinto um combate entre os acordes e algo parece sair do controle. O frescor inicial começa a disputar espaço com o adocicado frutal da maçã e do abacaxi, trazendo uma sensação de evolução ruim, como se a fragrância pulasse, em questão de minutos, do dia para a noite. É como se você começasse o dia usando uma fragrância fresca e, de repente, percebesse que ela era boa mesmo para a balada.
Sinto falta da faceta azedinha-doce do cranberry e da nuance do café, mais perceptível nas versões anteriores. Além disso, estamos falando de cinco anos de diferença (desde a versão original) em um mercado que apresenta novidades todas as semanas. E nesse aspecto, inserir o abacaxi foi um tanto quanto retrógrado, para não dizer desnecessário, pois é um ingrediente que já foi muito usado em outras fragrâncias, inclusive, de marcas concorrentes.
A boa notícia para quem busca performance e elogios é que Polo Red Rush me rendeu algumas perguntas curiosas de enaltecimento sobre qual perfume eu estava usando, não apenas uma vez, mas em quase todas as vezes que usei. E diferente do que já li por aí, não achei decepcionante em termos de durabilidade. Muito pelo contrário! Ainda é possível sentir o cheiro no final do dia, mesmo rente à pele, e na hora do banho, com o calor da água.
O frasco manteve a identidade visual, mas ganhou uma roupagem esportiva, explorando as cores prata e vermelho. Também vale registrar que o spray é macio e borrifa uma espuma suave sobre a pele.
Para encerrar, posso dizer que considero Polo Red Rush agradável, mas me parece ter sido lançado muito tempo depois do que deveria, perdendo o momento desse segmento, que veio com tudo em 2016.
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