O mundo da perfumaria é muito mais interessante e intrigante do que a maioria dos usuários de perfumes pode imaginar. Muito além de classificações como “cítricos” ou “amadeirados”, “doces” ou “enjoados”, existe uma mágica por trás da criação e do uso de cada nota na composição de um perfume.
Um mesmo ingrediente pode gerar nuances diferenciadas conforme sua extração, seu uso na pirâmide olfativa ou sua fusão com outros ingredientes, ou seja, é possível conseguir de uma mesma planta, por exemplo, um tom mais terroso, outro mais herbal, outro mais fresco, outro mais amadeirado, etc. Isto também acontece com flores e especiarias. Uma mesma especiaria pode gerar nuances mais ardidas, outras mais rascantes, por vezes adocicadas, em outras cremosas, etc.
Dito isto, ouso afirmar que este perfume possui uma das melhores baunilhas (se não a melhor) que eu já senti em um perfume masculino. Ela dança entre o cremoso e o alcoólico, sem ficar doce demais ou enjoativa, como costumam chamar.
Esta fragrância conta com notas de néroli, cedro, âmbar, plátano (sycamore) e baunilha. O resultado final é fantástico! Um aroma elegante que lembra riqueza e altivez.
O único problema é que, apesar de ser relativamente novo (lançado em 2003), já foi descontinuado. Um pecado!
Ja sentiu a baunilha do Raghba da Lattafa ?
O Lui é mais cremoso e encorpado?
grande abraço
Marckos
Tenho uma fração do Raghba aqui, mas ainda não fiz os testes.
O Rochas Lui tem uma baunilha de qualidade, nada sintética e super licorosa. Um primor!