Em 2007, a casa italiana Ermenegildo Zegna resolveu lançar a sua 3ª fragrância, cheia de contrastes entre notas luminosas e nuances obscuras, cuja técnica recebeu o nome “chiaroscuro”, ou seja, claro e escuro. Inclusive, isto se reflete no próprio frasco do perfume, que faz uma alusão a um ambiente com cortinas, na qual a luz e a sombra são escolhas suas.
Trata-se de uma fragrância oriental e especiarada, com nuances amadeiradas e muita elegância. É composta por notas de mandarina (ainda verde) e limão italiano, além de pimenta rosa e cardamomo, logo na saída. No coração, íris, vetiver e muito cedro. Na base, o toque cremoso da baunilha e da fava tonka, aliadas a notas de sândalo e almíscar.
O resultado não chega a ser inovador, já que possui muita similaridade com outro perfume, lançado em 2004, e que já estava consagrado no mercado: Armani Code. Entretanto, possuem caracterísitcas distintas e, se comparadas de perto, se mostram diferentes. Mais uma vez, defendo o uso do termo “similar” ao invés de dizer que “é igual”, erro clássico cometido por muitos especialistas e usuários de perfumes.
Enquanto o de 2004 projeta mais e suas notas de anis, tabaco e couro são evidentes, nesta criação de 2007, a projeção não é o forte, porque os italianos são conhecidos por sua elegância e refinamento. Portanto, no meu ponto de vista, é uma fragrância mais aberta ao uso diurno, com suas notas frescas e radiantes de saída, além de maior preocupação com os aspectos de refinamento e maturidade e, sobretudo, com muito boa fixação.
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