O perfume Dahlia Divin Eau de Parfum foi lançado em setembro de 2014 e foi criado pelo perfumista François Demachy (da casa Dior). A inspiração foi a Alta Costura, como se cada frasco de Dahlia Divin fosse um vestido customizado, iluminado por milhares de fios dourados e pedrarias envolvendo a pele.
Em maio de 2015, a casa Givenchy anunciou o lançamento desta versão mais luminosa e fresca, em concentração Eau de Toilette e que chegou ao mercado em setembro, exatamente um ano depois do lançamento anterior.
Desta vez, os detalhes do frasco não refletem o brilho do ouro amarelo, mas do ouro rosa. E o líquido também ganhou coloração rosada. Assinando a fragrância, mais uma vez temos François Demachy, que teve a colaboração de um outro mestre na área: Michel Almairac.
Na composição da fragrância, foram utilizadas notas de laranja-sangue e pêssego dos vinhedos, abrindo caminho para um coração floral de jasmim e rosa, sobre uma base de sândalo, almíscar e um toque de baunilha. Dizem que é um perfume floral-frutado. Eu prefiro dizer que é um frutado com toques florais. Pode até parecer a mesma coisa, mas a partir do princípio em que o lado frutal sobressai muito mais do que o floral (que apresenta algumas nuances durante a evolução, mas não ultrapassam o aspecto frutado), então fica clara a diferença.
Dahlia Divin EDT é uma explosão suculenta na pele, graças à laranja-sangue. Seu sumo é conhecido por ser mais doce que cítrico, embora mantenha seu teor azedo. Na perfumaria, pode resultar em nuances que relembram o cheiro de framboesas. A nota de pêssego (produzida em laboratório) não fica muito evidente, mas é famosa por ser usada sobre florais, conferindo aspecto aveludado.
Mas as perguntas mais importantes são: possui o DNA da versão anterior? São parecidos de alguma forma? E a resposta é sim, em ambos os casos. Particularmente, sou fã declarado de variações (flankers) que respeitam características importantes entre si. E Dahlia Divin Eau de Toilette não decepciona!
Quando aplicado, seu perfume é muito frutado, como eu já disse antes. Neste estágio, não se parecem em nada. Mas espere cerca de 15 minutos e você irá sentir o mesmo jasmim presente na versão EDP. Durante muito tempo, enquanto caminham para suas respectivas bases, as fragrâncias se parecem (na pele, não na fita olfativa). A maior diferença aparece no final, quando a versão EDT se mostra mais doce e jovial, por causa da baunilha, enquanto a EDP é mais amadeirada e adulta.
Outra curiosidade: esta versão Eau de Toilette projeta muito mais do que a versão Eau de Parfum. Durante um dos testes, apliquei no braço e fui passear com meu cachorro, sob o sol de uma manhã de outono. De repente, o perfume dominou as minhas narinas, como se eu tivesse aplicado muitas borrifadas.
A maior diferença está na evolução, que faz com que esta versão EDT evolua mais rápido, perdendo projeção mais cedo. Neste caso, a versão EDP continua exalando por mais tempo. Em termos de fixação, porém, ambas são magníficas e passam de dez horas sem esforço.
Ah, e antes que me perguntem: uma não substitui a outra. Claramente, uma é para uso diurno e a outra é para a noite ou para momentos que exigem um pouco mais de sensualidade.


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por que tem uma embalagem comprida ? qual a diferença dele dessa embalagem para outra ?
Oi Amanda!
No corpo desta resenha, há um link para a resenha da versão EDP, na qual eu explico essa “diferença” entre os frascos.