Para início de conversa, o nome deve ser lido “Gaultier ao Quadrado” e não “Gaultier elevado à 2ª potência”, como alguns pseudo-especialistas tentaram emplacar no Brasil, na época de seu lançamento, em 2005. Esta foi a informação que recebi de uma vendedora, quando conheci este perfume e, além disso, em Inglês também se pronuncia “Gaultier Squared“, reforçando a teoria.
Este perfume foi mais uma tentativa de Gaultier em brincar com a sexualidade e com o mistério de uma fragrância sem pirâmide olfativa definida. Aqui, as três notas únicas (que foram declaradas oficialmente) de âmbar, almíscar e baunilha se fundem sem determinação de qual seria a de cabeça, a de coração e a de base. Dizem que o intuito foi misturar as sensações da fragrância feminina de “Classique” com a masculina de “Le Male”.
Em Gaultier², a fragrância unissex se transforma em contato com a pele e sua evolução é, realmente, única para cada pessoa. Na minha pele, as primeiras horas de evolução tendem mais para o exótico e feminino aroma de almíscar para, depois, se tornar mais neutra e cremosa, graças à baunilha. O perfil é oriental, quente e sensual, mas não é predominantemente masculino.
A projeção e a fixação são irrepreensíveis, como em todo perfume de Gaultier.
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