Há uma tendência atual no mercado de perfumes masculinos em se comparar qualquer fragrância de nome “gold” ou frasco dourado ao famoso lingote de ouro da marca Paco Rabanne: 1 Million. Portanto, inicio esta resenha fazendo uso de um famoso ditado popular: “nem tudo que reluz é ouro!”. Ou seja, não é porque é dourado e brilhante, que precisa ser igual ou comparado àquele.
Jaguar Classic Gold dá seguimento à linha Jaguar Classic, que conta com fragrâncias como Classic Black, Classic Red, Classic Amber, entre outras. Desta vez, a empresa resolveu mesclar os seus valores tradicionais com um pouco de sensualidade, ao criar uma fragrância que mistura frescor cítrico com uma base oriental e adocicada.
As notas de saída são bergamota, limão e maçã. No coração da fragrância, madeira de teca e flor de laranjeira. Por fim, uma base marcante com almíscar, patchouli, baunilha e um leve toque de âmbar.
Na pele, o resultado inicial é frutado, levemente adocicado. A maçã é suculenta e se mistura, rapidamente, às nuances intensas da flor de laranjeira, que possui aroma floral e adocicado, intenso e, ao mesmo tempo, cheio de nuances cítricas.
A saída cítrica ajuda a amenizar um pouco esse aspecto doce, até que a fragrância evolua e, então, as notas de base se mostrem. E durante essa evolução é quando o aroma da madeira de teca surge, com seu cheiro exótico, amadeirado e esfumaçado, lembrando couro velho. Depois de um bom tempo, tendo em vista sua evolução longa e bem sutil, que vai acontecendo sem muito alarde, um cheiro de chocolate amargo surge, devido ao patchouli, junto com uma baunilha menos doce e mais licorosa, por assim dizer.
Particularmente, eu gosto muito das fragrâncias da casa e com esta aqui, não foi diferente. Aliás, logo no primeiro teste, recebi elogios, pois ela realmente projeta e fixa por bastante tempo.
O frasco manteve a identidade visual da linha, agora em tons dourados, obviamente. E para ajudar aqueles que buscam referências olfativas, eu posso dizer que se assemelha à fragrância de Thallium, de 2002 (sem o abacaxi) que, por sua vez, também é muito comparado a Dunhill Desire, de 2000.
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é um bom perfume para dia-a-dia/trabalho?
Só para temperaturas mais amenas.
Ótima resenha. Minha marca pessoal esse perfume.
Fixa e projeta muito.
Opa! Obrigado Ikaro.
Na sua opinião, lembra o boss bottled?
Não Lucas!