Foi lançado em 2004 e já no ano seguinte foi premiado com o Fifi Award Best Packaging Men’s Prestige. Mas eu preciso contar a minha experiência com este perfume para vocês. Esse é o motivo de uma resenha, certo?
L’Eau Bleue D’Issey teve uma fase bem marcante no mercado brasileiro, em uma época na qual eu tive pouco contato com os produtos da marca. É claro que o tradicional L’Eau D’Issey pour Homme já fazia bastante sucesso, pois havia sido lançado uma década antes. Mas a verdade é que os perfumes Issey Miyake sempre foram muito caros para o meu poder aquisitivo e eu tinha outras prioridades.
Muitos anos depois, me lembro de ter sentido a fragrância – considerada por vários conhecidos meus o melhor perfume do mercado – e não gostei. Na época, achei a saída muito estranha (embora inovadora e diferente de tudo que havia no mercado). Deixei de lado e nunca mais dei importância.
Por volta do ano 2008, conheci a versão Intense e me apaixonei! De todos os perfumes Issey que já haviam sido lançados e estavam à venda em lojas brasileiras, se tornou o meu preferido e ainda faz parte do meu acervo pessoal. Se não me engano, já estou no meu terceiro frasco.
Há pouco tempo atrás, principalmente após o lançamento do meu portal, comecei a ter mais acesso às fragrâncias da casa e decidi dar uma segunda chance ao L’Eau Bleue, que é um dos perfumes preferidos de um amigo meu (que foi quem me cedeu uma fração para testes).
O perfume é composto de limão, mandarina, laranja doce e alecrim, no topo; Lavanda, junípero (zimbro), gengibre, pimenta e cipreste, no corpo; Âmbar, cedro, musgo de carvalho, patchouli e sândalo, no fundo. Na minha pele, a saída continua estranha, mas não me assusta mais. Por incrível que pareça, eu sinto uma mistura de anis com vetiver, a ponto de lembrar do cheiro de Kenzo Air Intense. Para ser sincero, não sei como ninguém nunca falou isso, porque só leio comentários sobre o cipreste. Mas esse cheiro some rápido e um olor verde e canforado emerge com força. Pronto, aí está o cipreste!
Esqueça as laranjas e qualquer teor frutado. L’Eau Bleue D’Issey é verde, canforado e amadeirado, enfraquecendo de forma refrescante. O frasco azul engana, porque a fragrância se resume às notas de alecrim, cipreste, patchouli e musgo de carvalho, pelo menos na minha pele. Aliás, o patchouli é muito evidente e terroso.
A projeção é alta e a fixação é excelente, já que o perfume dura mais de dez horas na pele, sem muito esforço. Particularmente, não sei se compraria um frasco, ainda mais agora, que está ficando muito difícil de ser encontrado à venda. Mas a verdade é que L’Eau Bleue D’Issey é um daqueles casos de estudo e paciência, nos quais é preciso tempo para compreender a sua evolução complexa e a sua qualidade.
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Comprei o decant e se gostar vai vou ckmlrco um frasco.
Comprei numa promoção e não curti logo de cara, acabei vendendo ao meu irmão. O curioso, é que quando ele chegava em casa, exalava o cheiro e toda vez eu elogiava a fragrância. Acho que me arrependi kkkkk
Alguma semelhança olfativa com o Ted Lapidus TL Pour Lui?
Não sinto semelhança entre eles.