Também conhecido como Xeryus – Les Parfums Mythiques (em Francês), trata-se de uma releitura do clássico Xeryus, de 1986, que foi criado em uma época na qual as fragrâncias eram complexas e ricas em notas, a fim de se obter os acordes necessários. Mas não irei avançar muito neste assunto.
Esta versão, como o próprio nome diz, faz parte de uma linha exclusiva, criada pela Givenchy para celebrar suas fragrâncias lendárias. Foi lançada em 2007 e possui notas de manjericão e sálvia, no topo; Folhas de violetas e acorde verde (contendo flor de cravo e coentro), no corpo; Madeiras exóticas e âmbar, no fundo.
O próprio fabricante o categoriza como um amadeirado-aromático, exatamente como vem gravado no verso do meu frasco. Então, se você ler por aí que é um aromático-fougère, não se deixe enganar (embora se comporte como tal, de certa forma).
Temos, então, uma fragrância totalmente Old School, com aquele cheiro clássico de antigamente, misturando nuances verdes e musgosas. Tem similaridade com diversas fragrâncias do mesmo estilo, como Gentleman, Giorgio for Men, Bijan Men, Jaguar for Men, entre outras.
Na pele, eu não sinto o manjericão fresco e mentolado. Porém, a sálvia é extremamente herbal e acourada, como se usava nos perfumes da época. O coração é rico em nuances de cravo e canela e a base é amadeirada, um pouco medicinal, e cheia de nuances verdes e musgosas, como dito acima.
Na minha opinião, se você não gosta de perfumes com o tal “cheiro de tiozão”, é melhor nem chegar perto. Do contrário, corremos o risco de vermos comentários negativos sobre uma fragrância, cujo conceito é esse.
Xeryus Mythical projeta muito na hora inicial e depois se acalma. Possui boa duração, chegando em 7 horas com facilidade e não é do tipo que muda muito na pele.
Toda a linha já passou por uma repaginada: antes, os rótulos tinham cor e as caixas vinham no padrão antigo da marca. Agora, as caixas são lisas e os rótulos são brancos, com acabamento prateado ou dourado.
Por fim, uma curiosidade sobre o nome: dizem que, inicialmente, se chamaria Keryus. Porém, a casa YSL contestou, dizendo que se parecia muito com o seu famoso Kouros (1981).
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