Gris Clair foi lançado em 2006 e seu nome significa, em Português, “Cinza Claro”. Dizem que é uma homenagem de Serge à lavanda, que define este perfume da seguinte maneira: “É como pólen soprando sobre uma cidade sem vida. Tão cinza como as cinzas, através de um céu de raios de sol. Pus lavanda para adicionar um pouco de cinza à clareza. Também adicionei incenso; sou louco por ele! Em todos os sentidos, o incenso dá sentido aos meus sentidos”.
Na minha interpretação, Gris Clair retrata o cinza das cidades, a correria da vida urbana e o poder da fragrância nos momentos de relaxamento, em meio ao caos.
Contém notas de lavanda, âmbar, fava tonka, íris, incenso e madeiras. Ainda, há quem cite almíscar e um acorde de cinzas. Na pele, abre com muita lavanda – não aquela de nuances herbais, mas a de características calmantes e sedosas. Depois de uns 30 minutos, se mostra mais cremoso e balanceado. Então, é possível perceber melhor a presença do âmbar e da fava tonka. Com relação ao incenso e à íris, é como se não existissem na composição, pois não consegui percebê-los.
Gris Clair é muito confortável e, embora seja unissex, tende a se comportar mais como uma fragrância feminina. Pelo menos, foi assim que reagiu na minha pele.
No meu ponto de vista, é uma escolha segura para quem tem medo de se arriscar no universo dos nichos poderosos da marca. Exala e dura de maneira irrepreensível.
Como metáfora, diria que este Gris Clair é como a flor que nasce entre as rochas – mesmo nas condições mais difíceis – para exalar o seu perfume.
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Bela resenha, deu vontade de sentir essa lavanda. E o seu último comentário foi bastante inspirador!