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JOHNNY PARFUM EXTRAIT, DE GENTLEMAN’S NOD

Perfumart - resenha do perfume Gentleman's Nod - Johnny

O perfume Johnny foi relançado em 2022, em concentração de Parfum Extrait, após a parceria de produção firmada entre a Gentleman’s Nod e a Casa de Fragrâncias Mane. Porém, Johnny foi uma das primeiras fragrâncias comercializadas pela marca com a coleção Legado (junto com ERNEST, GEORGE e JACKIE), através do trabalho iniciado pelo fundador com fragrâncias aplicadas em produtos de barbear, não para o corpo.

Seu nome presta homenagem a Johnny Cash, cantor e compositor country norte-americano, que ficou conhecido por sua voz, por seus shows gratuitos em prisões e por seu apelido de “Homem de Preto”, devido ao seu estilo de vestimentas.

A nova formulação, com 27% de concentração, possui notas de topo de bergamota, limão, lima, maçã verde e pimenta Timur. No corpo, estão listadas notas de jasmim, jacarandá, cedro e fava tonka, enquanto a base traz notas de âmbar, baunilha, patchouli, vetiver e almíscar.

Com um conceito criativo voltado para aqueles que não se enquadram nas expectativas dos outros e se sentem confortáveis ​​com isso, a fragrância de Johnny mira na rebelião silenciosa, mas acerta no popular barulhento.

Na minha pele, a abertura traz aquela típica nota de maçã utilizada na perfumaria masculina. Por sorte, o limão quebra o dulçor e a pimenta preta do Nepal traz uma picância ainda mais cítrica, por causa de suas facetas que lembram o cheiro da toranja.

Ainda que listada no centro da pirâmide, a fava tonka é muito presente nesta criação, desde o início, e o jacarandá confere um imenso teor amadeirado e floral durante a evolução. Aqui, a fragrância começa a ficar mais prazerosa para o meu gosto pessoal, mas ainda não mostrou sua personalidade confiante.

Com o passar do tempo, as notas de baunilha e âmbar surgem e começam a exalar sobre todo o resto, inclusive, abafando o cheiro amadeirado da fragrância que, na minha opinião, é a âncora de salvação. Sobra dulçor e falta muito do perfil terroso do vetiver, o que tornaria a secagem bem mais interessante. Mas vale enaltecer o efeito esfumaçado que perdura depois de horas sobre a pele.

A fragrância de Jhonny é jovial, exala de forma mediana e possui ótima duração. Segue o estilo amadeirado-frutal-âmbar que me faz lembrar de outras mais comerciais, como Acqua di Giò Absolu, por exemplo (que consegue ser ainda mais fresca e aromática).

Particularmente, confesso que me decepcionei um pouco. Não vejo como algo especial, tampouco à altura das demais fragrâncias da marca. Pensando de forma crítica, entendo que sua fragrância vai agradar aos jovens que estão começando a cuidar da barba e da rotina masculina de cuidados com a pele. Mas me parece um perfume que não fideliza e isso é muito ruim.


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BORRIFANDO CONHECIMENTO HÁ ANOS. Crítico de fragrâncias, jurado de premiações nacionais nas categorias de perfumaria fina e cosméticos masculinos, além de consultor particular de estilo em fragrâncias e criador do Perfumart, maior blog especializado no assunto.

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