
O perfume Silver Scent Midnight foi lançado em setembro de 2017 no mercado internacional. É o quinto flanker da linha Silver Scent, que começou em 2006 com a versão original e foi seguida, com fidelidade, pela versão Intense, em 2009.
Mais tarde, em 2014, a grife lançou a terceira versão – chamada Deep – e confesso que pensei, na época, que as variações terminariam com aquela que, na minha opinião, foi a fragrância mais sóbria entre as três. Foi, também, em Silver Scent Deep que as composições começaram a mudar um pouco (não de forma drástica), com a troca do limão pela toranja, logo na saída.
Em 2015, com o lançamento da versão Pure, a grife mostrou que essa linha ainda tinha muita história para contar e que é possível trazer variações de um mesmo tema de forma perceptível e sem abrir mão do DNA principal, algo que parece ter se perdido nos últimos anos, inclusive, dentro de marcas de maior prestígio.
Silver Scent Midnight chegou com a abordagem de ser um perfume noturno e descompromissado, feito para o homem que curte a noite e suas festas, seja sozinho ou acompanhado. É muita clara a tentativa comercial de lançar um perfume desse estilo, em um momento no qual toda a indústria vem apostando em fragrâncias similares, cheias daquele conceito de sedução (e nuances de canela e tabaco). Mais uma vez, sou obrigado a elogiar a empresa ao fugir do padrão e, sobretudo, ao tentar manter o caminho olfativo existente nas demais fragrâncias da linha.
Silver Scent Midnight possui notas de toranja, sálvia e cardamomo, no topo; Artemísia, noz-moscada e flor de laranjeira, no corpo; Fava tonka, cedro e madeira de guáiaco, na base. Sobre a pele, funciona mais como uma versão noturna do último lançamento (Pure), mas não deixa de ter a famosa nuance de flor de laranjeira, assinatura do pilar Silver Scent. O lado aromático da fragrância fica por conta da artemísia, enquanto a base traz o teor amadeirado e leve do cedro (quase diurno), ao mesmo tempo em que é adocicada pela fava tonka.
O padrão visual continua o mesmo e o frasco ganhou pintura azul meia-noite, reforçando o conceito. Difusão e impacto não são e nunca foram problemas para os perfumes Bogart, então, não há muito a acrescentar nesses quesitos. Para aqueles que gostam da linha, é um perfume de apelo noturno, porém, não muito redundante. Para os que não gostam, eu lembro daquele ditado que diz: “o que seria do azul se todos só gostassem do amarelo?”. 😉
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A diferença fica apenas na saída, pois na evolução do perfume a sensação e a seguinte, “Déjà vu”.