The One for Men: primeiro veio a versão feminina, em 2006 (representada pela atriz Scarlett Johansson), que foi um grande sucesso de vendas. Então, a grife D&G resolveu lançar esta versão, em 2008, para o homem elegante e sofisticado. Desta vez, o escolhido para transmitir esta sensação ao público foi o ator Mathew McConaughey.
A fragrância foi criada por Olivier Polge, após entender a ideia de concepção de Stefano Gabbana em criar um perfume atemporal, uma versão masculina do sucesso de 2006. É composta por notas de coentro, toranja e manjericão albahaca (manjericão-folha-larga), na saída. No corpo da fragrância foram incluídas notas de gengibre, cardamomo e flor de Azahar. Por fim, uma base de nuances ambarinas, que também conta com notas de tabaco e cedro.
O resultado é oriental e especiado, no qual o tabaco é a principal atração. Na minha pele, porém, o cheiro deste tabaco não é seco, com nuances de violetas, mas licoroso, com nuances de whisky. Algumas pessoas sentem nuances ainda mais doces, como uma calda ou xarope. Confesso que, a princípio, custei a acreditar que não existem notas de baunilha ou benjoim neste perfume.
Basicamente, a fragrância de The One for Men não evolui muito. O coentro é bem forte na saída, mas foram o cardamomo e o tabaco que mais se desenvolveram na minha pele. E é o âmbar que dá o toque abaunilhado que sinto junto com as notas de tabaco. Não é um perfume feminino, mas pode ser usado, tranquilamente, pelas mulheres.
O frasco é pesado, de linhas retas, com uma tampa em metal escovado e cor escura. O conceito foi representar as proporções de um terno D&G bem cortado, no corpo do homem. A campanha foi dirigida por Martin Scorsese, que dispensa comentários.
Sem dúvida, The One for Men é um belo perfume. Mas projeta muito pouco e a duração fica entre baixa à mediana, muito rente à pele. Não vejo muitas limitações para clima, mas acredito que seu melhor aproveitamento seja à noite, em eventos de curta duração e de aspecto mais romântico, como um filme no cinema, seguido por um jantar a dois.
Encerro com uma observação: a tendência é gostar deste perfume quanto mais vezes ele for usado. Portanto, não o dispense sem tentar, pelo menos, usá-lo por umas três vezes seguidas.
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Comprei, o cheiro é incrível, mas não projeta, fraco, dura nada. Perdi o dinheiro.
Acho que sou o único que nunca gostou dessa fragância. Muitas pessoas a elogiam, mas para mim é um perfume super dispensável. Gosto é gosto né.
Cassiano: agradeço a vc por suas resenhas que, na minha opinião, são primorosas! Falo isso porque nas primeiras borrifadas não curti o The One! Segui seu conselho e continuei usando! Hoje sou um apaixonado por essa fragrância! Valeu!
Marcelo, quem publica textos na internet, nem sempre irá encontrar comentários positivos sobre o seu trabalho. Mas confesso que fico muito feliz, quando recebo esse tipo de feedback. É sinal de que transmito, com veracidade, aquilo que sinto, ao ponto de ver outras pessoas se identificando com minhas sensações e opiniões. Muito obrigado!