Interlude Man foi lançado em 2012 e chegou ao mercado junto com a versão feminina, de mesmo nome. Em Português, seu nome significa interlúdio que, por sua vez, significa recesso ou intervalo. É um termo muito utilizado entre atos de peças, orquestras ou espetáculos musicais.
O perfumista foi Pierre Negrin, que já criou perfumes para Avon, Ermenegildo Zegna, Jo Malone, entre outras marcas do mercado.
Ambas as fragrâncias foram inspiradas naquele pequeno momento de sossego, que surge em meio ao caos e a desordem do dia-a-dia. A fragrância feminina revela um período de unidade e sentimento, enquanto a masculina enaltece um breve período de harmonia.
A composição oficial lista notas de bergamota, orégano e pimenta (no topo), seguidas por âmbar, olíbano (frankincense), ládano e opoponax (no corpo), sobre notas intensas de couro, oud, patchouli e sândalo (no fundo).
Mais uma vez, a casa Amouage trouxe para o mercado uma fragrância rica em nuances amadeiradas e incensadas, classificada como amadeirada-especiada (ou especiarada, termo que está caindo em desuso) e de qualidade ímpar. E quando falamos em Amouage, um ponto importante a ser tocado é que, à primeira vista, é muito comum achar várias delas muito parecidas (Epic, Memoir, etc.). Afinal de contas, esses perfumes com estilo árabe, ricos em incenso, madeiras nobres e especiarias quentes, acabam resultando em fragrâncias cheias de acordes semelhantes. Principalmente, quando uma empresa trabalha com os mesmos fornecedores de matérias-primas. Um exemplo similar vem da casa Montale, com sua linha Aoud, criticada por muitos como “sem criatividade”.
Mas Interlude Man é a prova de que um bom perfume não pode ser avaliado sem atenção. Basta uma pequena alteração na pirâmide olfativa, trocando uma nota de base por outra de coração ou mudando intensidades, para que o resultado seja completamente diferente.
Na minha pele, a bergamota foi ofuscada pelo cheiro verde e condimentado do orégano com a pimenta. Mas as notas de saída não causam muito impacto, para ser sincero. Parece que tudo começa pelo meio, no corpo da fragrância. O Ládano é cremoso, ambarado e resinoso. Junto com o âmbar, ele cresce sensual e quente, conforme evolui. A mirra-doce complementa essa faceta e o incenso começa a surgir, de forma sutil. A base se mostra mais densa e esfumaçada. O couro não é o mais presente aqui, como em Epic Man, por exemplo. Em Interlude Man, as notas de oud e patchouli dão o toque final ao perfume, ficando amadeirado, cremoso e achocolatado.
Novamente, assim como aconteceu com Epic Man, mesmo sabendo da existência de uma versão feminina, posso prever muitas mulheres usando a masculina. É bastante compartilhável!
Enquanto Epic Man é mais seco e sóbrio, Interlude Man é mais acolhedor e confortável. Um obra-prima!
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