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BLACK, DE PUREDISTANCE

Perfumart - resenha do perfume Puredistance BlackLançado em 2013, este Pure Parfum Extrait, vendido em concentração de 25% Perfume Oil, foi criado por Antoine Lie para sofrer mutações na pele, liberando camadas de aroma de forma sensual, sem muito alarde. Foi concebido para ser compartilhado por ambos os sexos, mas acredito que os homens conseguirão tirar maior proveito. Simboliza o desconhecido, o que se esconde nas sombras, o eterno conceito de elegância e mistério. E por esta razão, a empresa se empenhou em não fornecer a sua composição oficial. Ou seja, cada um poderá sentir e interpretar a fragrância de forma única. Desafio aceito!

Ao meu olfato, a fragrância se apresenta como um híbrido de Puredistance M com notas de outras criações femininas da casa, como o vetiver de Puredistance I, o gálbano de Antonia ou talvez, o jasmim de Opardu. Mas o grande diferencial está em 4 notas que se apresentaram para mim de forma latente: ólibano, patchouli, oud e couro.

Foram inúmeras as comparações que eu li a respeito. Desde Epic Man, de Amouage a Tobacco Oud, de Tom Ford, entre inúmeras outras criações e marcas, o que importa é que Puredistance Black possui conceito, é linear e se comporta da seguinte maneira: toca a pele de forma incensada, com nuances levemente amargas. Então, um oud brincalhão insiste em um esconde-esconde o tempo todo, enquanto o couro mantém o conceito unido, como numa redoma. Vez ou outra o meu olfato insinua a presença da rosa da Bulgária, mas eu acho que é mais uma travessura proposta neste perfume.

Projeta bem, sem ser uma bomba, e não decepciona em nenhum aspecto. Com Puredistance Black, o mistério está por todos os lados.

*imagem: reprodução / www.puredistance.com


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BORRIFANDO CONHECIMENTO HÁ ANOS. Crítico de fragrâncias, jurado de premiações nacionais nas categorias de perfumaria fina e cosméticos masculinos, além de consultor particular de estilo em fragrâncias e criador do Perfumart, maior blog especializado no assunto.

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