Depois das edições limitadas de 2015 (212 VIP Club Edition), em 2016 a empresa resolveu lançar mais um duo de perfumes para continuar a saga 212 VIP. Surgia, então, o novo par de fragrâncias 212 VIP Wild Party. O conceito de festas privadas e lista vip de convidados continua e, desta vez, presta homenagem às noites de dança espalhadas pela cidade de Nova Iorque.
A composição oficial traz notas de cabeça de maçã congelada e lima-caviar (assim como nas demais versões masculinas da linha 212 VIP Men). No corpo da fragrância, notas de pimenta preta e folhas de violetas. Na base, um acorde de madeira picante e gourmand.
Novamente, reforço o pedido de atenção com o que se lê por aí, pois, de acordo com alguns fóruns e lojas de e-commerce, a fragrância teria notas de lima e de caviar, separadamente. E não é verdade! A tal lima-caviar é a Citrus Australasica – uma planta com frutos cítricos, de formato peculiar e polpa totalmente diferenciada, que parece com caviar, mas tem sabor cítrico. Pode ter várias cores e também é conhecida por lima-dedo.
Quando toca a pele, a primeira coisa que se pensa é: “de novo esse tipo de perfume?”. E essa sensação não acontece por acaso, pois as versões anteriores tiveram o mesmo tipo de construção, trazendo a lima-caviar misturada com algum acorde gelado. Por sorte, esse cheiro desaparece, quase que de imediato, dando lugar ao coração mais picante, que perdura por horas e define a evolução na pele. Isso faz toda a diferença, pois mostra uma faceta mais intensa do original 212 VIP Men e termina em uma base mais amadeirada, enquanto o outro termina com uma doçura de teor oriental, por causa da fava tonka e do âmbar.
Quando eu comecei a fazer os testes e publicar algumas fotos, me questionaram sobre uma possível semelhança com a versão do ano passado (212 VIP Men Club). Agora já posso afirmar o seguinte: dentro dessa linha, a versão Club é a que mais difere e, particularmente, a que eu mais gosto. Eu acho que todas possuem ligações de DNA – o que é um ponto muito positivo, em se tratando de flankers – mas esta versão Wild Party é mais próxima da versão original. Poderia se chamar 212 VIP Men Intense que faria bonito, da mesma forma.
E é assim que eu a defino: uma versão mais intensa da original, que ganhou nuances mais sóbrias por causa das folhas de violetas e da base amadeirada. Projeção e fixação, como sempre, não deixam a desejar. Se pegar na gola da camisa, dura até o dia seguinte!
Mas o frasco é um horror, na minha opinião. O conceito da campanha trouxe folhas de palmeiras nas caixas e no vídeo e os frascos foram feitos sob essa ótica. E mesmo trazendo o acabamento e a tampa magnética de sempre, o relevo parece com escamas e a pintura preta não ajuda a transmitir a ideia central. De longe, parece de má qualidade e chega a ser brega. Um erro sem volta!
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