Clair de Musc foi lançado em 2003 e seu nome significa, em Português, “Almíscar Claro”. Serge demonstra o que o inspirou, através das seguintes palavras: “Mais leve do que nunca, mantém a promessa de uma carícia. O almíscar caminha sob a luz do luar; um animal selvagem domesticado”.
Clair de Musc possui notas de almíscar, bergamota, pétalas de flores de laranjeira, íris da Toscana, jasmim e sândalo.
Na pele, é adorável e feminino. Na minha mente, uma ideia define esta fragrância melhor do que qualquer outra palavra: uma jovem moça, que sempre foi fã do perfume de sua mãe (Chanel Nº5), ciente de sua ousadia e sensualidade peculiar, descobriu uma maneira de torná-lo mais usável para alguém da sua idade. Então, diluiu algumas gotas em uma água perfumada floral, mais inocente e infantil, e percebeu que a magia de Chanel Nº5 estava ali, exatamente como sentia na pele de sua mãe, todas as noites, ao abraçá-la no final do dia. Ela se deu conta de que aquele perfume mantinha a presença de sua mãe por perto, o dia inteiro, sem tirar a sua inocência ou denunciar a fonte de seu segredo. Uma simples borrifada em cada lado do pescoço era o suficiente para manter a promessa do carinho diário de sua mãe, ao chegar em casa. Nascia, então, Clair de Musc.
Clair de Musc é adorável, possui uma saída vibrante e atalcada, porém leve. É impossível não se lembrar de fragrâncias como Chanel Nº5 ou outros clássicos do mesmo estilo. Não possui muita evolução e perde potência rapidamente, tanto com relação à projeção, quanto à durabilidade. Infelizmente, seu almíscar é vegetal e leve demais para o meu gosto. Em cerca de quatro horas, resta apenas uma leve fragrância rente à pele, que não me parece ser uma Eau de Parfum de sobrenome Lutens criada para mulheres adultas.
Me vejo obrigado a concordar com Serge, quando ele diz: “mais leve do que nunca”.
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