A Maison Lanvin foi criada em 1889, por Jeanne-Marie Lanvin. Ela nasceu em 1 de janeiro de 1867 e faleceu em 06 de julho de 1946. Aos 16 anos se tornou aprendiz de chapeleira e, em 1889, aos 22 anos de idade, abriu seu próprio negócio no mezanino do nº 16 na Rue Boissy d’Anglas. Quatro anos mais tarde, se mudou para um ponto mais nobre, na Rue du Faubourg Saint-Honoré, onde estabeleceu sua casa de moda.
Em 1895, Jeanne se casou com o Conde Emilio di Pietro, de origem italiana. Em 1897, nascia sua fiha Marguerite di Pietro. Em 1903, Jeanne e Emilio se divorciaram. Já adulta, Marguerite se tornou uma cantora de ópera e se casou com o Conde Jean de Polignac, quando passou a se chamar Marie-Blanche de Polignac.
A história de sucesso da grife começou com o nascimento de sua filha e, logo em seguida, o seu divórcio, quando Jeanne se viu em um relacionamento muito forte com Marguerite, para a qual todo seu amor e dedicação foram direcionados. Jeanne passou a vestir sua filha com roupas luxuosas e de estilo único e as mães das outras meninas começaram a notar e se tornaram, rapidamente, suas clientes. Então, em 1908, criou um departamento infantil em sua loja e viu seu nome alcançar novos patamares.
Pouco mais de um ano se passara e os pedidos para roupas infantis haviam se tornado maior do que os pedidos de chapéus. Era hora de mudar e um novo departamento foi criado, focado em roupas femininas para mulheres jovens e adultas. Rapidamente, Jeanne se tornou membro do conselho de moda de Paris (Chambre Syndicale de la Haute Couture).
Em 1913, começou a fabricar belos e luxuosos casacos de pele. Em 1920, conheceu Armand-Albert Rateau, um renomado arquiteto, e acabaram criando um espaço Art Deco com tapetes, móveis, cortinas, etc.
Em 1923, foi a vez de abrir um novo departamento voltado para o esporte. Ela desenhou roupas para natação, equitação, tênis e até esportes de inverno. Em 1926, foi a vez dos homens conhecerem o estilo de Jeanne Lanvin. O império só crescia e até uma fábrica de tintas foi fundada. A essa altura, ela já empregava cerca de 800 pessoas.
Mas para uma mulher que começou desenhando e fabricando chapéus, faltava um acessório mais imponente na penteadeira de suas clientes. Por isso, em 1924, Jeanne iniciou sua jornada no mundo das fragrâncias e abriu a Lanvin Parfums SA. Em 1925, seu primeiro perfume foi lançado: My Sin.
Em 1927, o mundo se rendeu aos encantos de Arpège (nomeado em homenagem aos arpejos de sua filha Marguerite durante a prática de piano). O perfume foi criado para ser um presente de 30 anos à sua filha, mas acabou se tornando um símbolo da perfumaria mundial. A ilustração do frasco, cópia de uma fotografia de ambas rumo a um baile de gala, em 1907, acabou sendo absorvida no logotipo da grife (imagens podem ser encontradas na internet).
Após a sua morte, Marguerite assumiu o comando do império Lanvin. A empresa permaneceu nas mãos da família até 1989. Em 1990, foi adquirida pelo Grupo Ocorfi e em 1996, foi vendida para a L’Oréal. Em 2001, Shaw-Lan Wang, uma magnata da mídia de Taiwan, comprou a empresa e foi a responsável por trazer Alber Elbaz para a posição de Diretor Criativo, onde ficou até o ano de 2015 e colocou a Lanvin novamente em posição de destaque.
Até o momento, a Lanvin já lançou mais de 65 fragrâncias no mercado, sempre criadas por perfumistas de renome mundial, como Shyamala Maisondieu, Anne Flipo, Nicolas Beaulieuu, Fabrice Pellegrin, Marie Zede, Alberto Morillas, Lena Pierottie, Olivier Pescheux, Karine Dubreuil, Sonia Constant, Antoine Maisondieu, Nathalie Lorson, Francis Kurkdjian, além de outros.
Aviso legal: Marcas e logotipos pertencem às empresas e fabricantes e são usados aqui, exclusivamente, para fins de ilustração aos leitores.