Coromandel faz parte da coleção exclusiva de fragrâncias da Chanel, conhecida como Les Exclusifs de Chanel. Seu nome é uma homenagem aos biombos de Coromandel, como é conhecida a madeira Calamander, de origem no Sri Lanka e no Sudeste Asiático. Ébano de Macassar também é um de seus nomes atuais, pois tal madeira passou a ser adotada como substituta.
A história da moda mundial conta que Coco Chanel recobriu suas paredes parisienses com preciosos biombos de Coromandel, adornados com flores asiáticas misteriosas.
A fragrância de Coromandel, que foi criada por Jacques Polge, revela notas orientais e exóticas. Possui laranja amarga, jasmim, patchouli, olíbano, benjoim, entre outras notas. É do tipo que abre com aspecto oleoso e resinoso, com um leve cheiro de âmbar e facetas entre o medicinal e o cremoso. Mas, ainda assim, muito agradável e forte. Em seguida, parte para um misto de baunilha e chocolate, típico de perfumes com um toque de benjoim. Neste ponto, me lembrou um mix da fragrância de L’instant de Guerlain (com aquele cheiro de chocolate branco) com a de Rochas Lui. Eu diria até que é a versão feminina ideal para o L’instant e talvez seja por isso que é tão comparada, por inúmeros usuários ao redor do mundo, à fragrância de Shalimar.
Na minha opinião, Coromandel pode ser perfeitamente compartilhável. Particularmente, já vi perfumes masculinos mais “femininos” do que este. Em questões visuais, o frasco é simples, mas o perfume é complexo. A qualidade e a riqueza da fragrância são espetaculares.
Vale um complemento: depois de seu lançamento no ano de 2007, em concentração Eau de Toilette, outras duas versões foram lançadas: Coromandel Eau de Parfum, em 2016, da qual trata esta resenha e Coromandel Parfum, lançada em 2019.
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