ROCHAS

A marca surgiu no ano de 1925, através das mãos de seu criador, Marcel Rochas. Ele tinha apenas 23 anos quando abriu a sua Maison de Alta Costura na Place Beauvau, em Paris, antes de se mudar para a Rue Matignon, em 1931.

Na época, ficou conhecido por trazer um sopro de juventude para a moda parisiense, ajudando a construir o guarda-roupa da mulher emancipada no pós-guerra, ao mesmo tempo em que criava perfumes que refletiam elegância e liberdade.

Marcel libertou a moda das convenções, no início do século 20, transformando-a em uma aula de esplendor e beleza para os 30 anos seguintes. Ele inventou o basco, desenhou o vestido rabo de sereia, libertou os corpos das mulheres com seus casacos ¾ e ombros quadrados, lançou a jaqueta canadense e criou o vestido Bird, inspirado nos artistas de sua época. Ele também foi o primeiro costureiro a criar joias e acessórios em seu próprio nome e essa ousadia lhe rendeu elogios da revista Vogue Paris e o título de “Couturier de la Jeunesse” (o costureiro da juventude).

Marcel casou-se com Hélène, que logo ficou conhecida como “La Belle Hélène” e se tornou a estrela da butique. Para ela foi dedicado o perfume Femme (1943), como presente de casamento.

Para o lançamento do perfume, Marcel organizou – em seus próprios salões – a exposição “Les Parfums à travers la Mode 1765-1945” em homenagem ao costureiro Paul Poiret. O perfume Moustache (1949) e a primeira gama completa de produtos masculinos também deu origem à uma festa lendária. Quando Hélène assumiu a direção da empresa, ela manteve a tradição de realizar eventos culturais, organizando o Baile “My Fair Lady” na Grande Cascade du Bois de Boulogne (1965) e o Baile do Centenário de Monte-Carlo (1966), a pedido do Príncipe Rainer III.

Quando Marcel Rochas morreu, em 1955, Hélène Rochas tornou-se uma das primeiras mulheres a dirigir uma empresa na França. Em poucos anos, ela transformou a empresa em uma marca de perfumes de luxo. E assim, nasceu Madame Rochas (1960) em seu frasco de cristal Baccarat, Monsieur Rochas (1969) e, em seguida, Eau de Rochas (em 1970), uma obra de Nicolas Mamounas destinada a se tornar um sucesso global.

Ainda no quesito perfumes, em 1934 a Maison lançou três fragrâncias – Avenue Matignon, Air Jeune e Audace –, mas elas foram retiradas do mercado durante a Segunda Guerra Mundial. Até os dias de hoje, as fragrâncias da grife Rochas são sinônimo de elegância e refinamento e já somam mais de 75 perfumes lançados sob a criatividade e tealento de perfumistas como Jacques Cavallier, Anne Flipo, Jean-Claude Ellena, Edmond Roudnitska, Michel Almairac, Nicolas Mamounas, Jean-Michel Duriez, Christopher Sheldrake, Alberto Morillas, Bruno Jovanovic, Theresa Roudnitska, Maurice Roucel e, é claro, o próprio Marcel.

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