Falar dos perfumes Versace é sempre muito prazeroso, já que são fragrâncias excelentes em todos os quesitos. O que realmente me incomoda neste perfume é o mesmo que me incomoda em diversos outros que levam o nome “eau fraîche” em seus frascos, como se fossem versões mais frescas dos tradicionais e que, quando você aplica na pele, percebe que eles não possuem nenhuma identidade do original, ou seja, puro marketing. Isso também acontece muito com as versões “intense”, mas não vou entrar nesse assunto aqui.
Nesta versão Eau Fraîche, apesar de existirem algumas notas iguais às da versão original, como o açafrão, a bergamota e o cardamomo, ainda assim, elas se apresentam em posições diferentes na pirâmide olfativa e o resultado acaba sendo completamente diferente. A grande estrela deste perfume é a carambola – incomum nos perfumes existentes – e que foi muito feliz nesta composição.
O resultado é um aroma fresco, frutal-verde, com algumas nuances amadeiradas e uma sensação de “déjà vu”, típica dos perfumes mais refrescantes, que sempre lembram algum outro. Acho válido falar que o criador deste perfume é Olivier Cresp, que tem em sua lista inúmeros sucessos como Noa, CH, CH Sublime, Dune, Midnight Poison, Kenzo Amour, Kokorico, Angel, etc. Ainda, é criador de perfumes maravilhosos desta mesma categoria, como: L’Eau Par Kenzo, Água de Loewe, Mercedes-Benz, Eau Paco Rabanne e o elogiadíssimo D&G Light Blue feminino que, para mim, seria a versão feminina perfeita para este Versace. Se a casa de Dolce & Gabanna tivesse lançado este aqui no lugar do Light Blue masculino que lançaram, o sucesso teria sido instantâneo.
Enfim, considero Versace Man Eau Fraîche uma escolha segura: é atemporal, agradável, tem projeção razoável, é duradouro, etc.
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Obrigado por esclarecer as diferenças entre este e o tradicional,excelente resenha,muito obrigado.
O prazer é meu, meu caro!